Notícia
Como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis podem ser adotados em serviços de alimentação?
São diversas as ações que podem ser adotadas por gestores, nutricionistas, técnicos em nutrição e dietética e pelas organizações para ajudar alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Pixabay
Fonte
CRN3 | Conselho Regional de Nutricionistas da 3ª Região
Data
sexta-feira, 18 dezembro 2020 10:40
Áreas
Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Segurança Alimentar
O Relatório Luz, é um documento emitido por diversas organizações e sociedade civil sobre o status do país em relação à Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. O último relatório foi publicado em 2020, durante a pandemia do novo coronavírus, apresentando um cenário extremamente desafiador.
Ideias que podem ajudar a iniciar a mudança em serviços de alimentação, mas atenção: tente adequar à sua realidade e condições.
ODS 01 – Erradicação da pobreza: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares
O primeiro objetivo da Agenda 2030 é uma persistente urgência humanitária, hoje ainda mais agravada pela pandemia do novo coronavírus.
Pense em:
· Parceria com cooperativas, produtores locais e de comunidades tradicionais, incentivando a economia local, desenvolvimento social e sustentável.
· Pagamento de salários justos e acima do praticado no mercado.
· Cumprimento dos direitos trabalhistas.
· Garantir que na sua cadeia de fornecedores não haja quaisquer tipos de trabalhos análogos à escravidão, trabalho infantil ou que não cumpra com os requisitos legais e com condições dignas.
· Re-pensar seu processo produtivo, analisando os impactos socioambientais, tornando-o positivo.
ODS 02 – Fome zero e agricultura sustentável: Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover agricultura sustentável
De acordo com o Relatório Luz, em 2019 aumentou o retrocesso no enfrentamento da fome e na construção do sistema e da política de segurança alimentar e nutricional.
A extrema pobreza e o desemprego estão em movimento ascendente desde 2014, o que configura um cenário indicativo de subalimentação. A dificuldade aumenta em relação a análises, pois o país não dispõe de dados que permitam aferir o indicador ‘prevalência de subalimentação’.
Pense em:
· Priorização de modelos produtivos sustentáveis, variados e que garantam a segurança dos alimentos e qualidade nutricional.
· Planejar o cardápio, respeitando a diversidade alimentar local, regional e sazonal, potencializando o melhor que os alimentos e a comunidade têm a oferecer.
· Não adquirir alimentos de fornecedores que promovem a desertificação e extinção da biodiversidade, assim como àquelas que degeneram o sistema ambiental e as comunidades.
· Utilizar alimentos saudáveis, de preferência com base de produção agroecológica.
· Participar ativamente de consultas públicas e políticas relacionadas à segurança alimentar, buscando o acesso ao alimento saudável, regular, justo e digno.
· Pagar de forma justa seus colaboradores e todos os envolvidos na cadeia produtiva, assim como parceiros.
· Ser transparente e claro nas práticas adotadas no negócio, assim como na forma de comunicação.
· A revolução começa no cardápio – pense nisso!
ODS 03 – Saúde e bem-estar: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades
Em relação ao ODS 03, segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) de 2018/2019 existe um quadro preocupante de aumento das DCNT – doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão, diabetes e câncer, que tem como fatores de risco o tabagismo, a alimentação não saudável, o consumo abusivo de bebidas alcóolicas, além de baixa prática de atividade física.
É sabido que essas morbidades representam a maior parte das causas de morte no Brasil. Em grande parte, este cenário se deve aos hábitos pouco saudáveis, envelhecimento populacional, falta de regulação adequada e ação das indústrias de produtos não saudáveis.
Pense em:
· Incorporação dos valores em toda a cadeia de parceiros, priorizando alimentos seguros, saudáveis, sustentáveis, comércio justo, melhoria contínua e relações harmoniosas
· Promover consciência ambiental e saudabilidade através de práticas educativas, propiciando a formação de novos hábitos alimentares, melhora na qualidade de vida e desenvolvimento de colaboradores e comunidade.
· Identificar e buscar eliminar os impactos ambientais gerados pelo negócio relacionados a solo, água e ar.
· Incentivar e garantir a licença maternidade das colaboradoras e incentivar e proporcionar um ambiente seguro para o aleitamento materno.
· Realizar encontros e discussões com a equipe sobre saúde, bem-estar, drogas e demais temas a fim de disseminar conhecimento e dar suporte a todos os colaboradores – lembrando que existe um programa deste tipo contemplado no PCMSO (programa de controle médico e saúde ocupacional)
· Proporcionar seguro de vida e saúde aos colaboradores e seus dependentes.
Acesse a notícia completa na página do CRN3.
Fonte: CRN3. Imagem: Pixabay.
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