Notícia

Colesterol elevado hereditário afeta uma a cada duas pessoas da família

A doença pode desencadear até 20 vezes mais distúrbios cardíacos e atingir pessoas que possuem a doença até 20 anos mais cedo que a população em geral

Getty Imagens

Fonte

Jornal da USP

Data

quinta-feira, 12 dezembro 2019 16:25

Áreas

Nutrição Clínica

Pesquisa sobre hipercolesterolemia familiar, doença silenciosa hereditária que altera o processo de remoção do colesterol do sangue, foi apresentada no Scientific Sessions, da American Heart Association (AHA), evento que ocorreu nos Estados Unidos. A doença pode desencadear até 20 vezes mais distúrbios cardíacos e atingir pessoas que possuem a doença até 20 anos mais cedo que a população em geral.

O estudo sobre o tema é resultado de mais de duas décadas de pesquisa. O Dr. Raul Santos, médico do Departamento de Cardio-Pneumonia e diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, falou ao Jornal da USP no Ar sobre o Hipercol Brasil, programa de diagnóstico genético e de tratamento de pessoas com a doença, e explicou sua importância.

O pesquisador explica que uma em cada 250 pessoas são afetadas pelo problema na população geral. No entanto, em famílias que possuem histórico da doença, uma a cada duas pessoas será afetada. A pessoa nasce com o colesterol com valores duas a quatro vezes superiores que o comum e possui maiores chances de ter infarto no miocárdio, angina ou necessidade de ponte de safena e angioplastia.

Nos últimos dez anos foi possível avançar nos estudos da doença por conta do Hipercol Brasil, que já avaliou 5 mil pessoas, a maior parte do Estado de São Paulo, e diagnosticou 1,5 mil casos, encaminhando o paciente para tratamento no Incor. Além disso, após o diagnóstico positivo, a família da pessoa é convidada a fazer o teste genético, o que é conhecido por triagem cascata, e acaba identificando o problema em outras pessoas e expandindo o tratamento. Também pode ser feita a prevenção com remédios para diminuir o colesterol, associados a dieta, que, sozinha, nem sempre é suficiente. O LDL, colesterol ruim, tem seu valor normal de 110mg/dl e uma pessoa com hipercolesterolemia alcança o valor de 300mg/ld.

Há uma maneira de identificar o risco de a pessoa desenvolver problemas cardíacos. Com uma tomografia cardíaca, identificam-se placas de aterosclerose ー de gordura ー que entopem as artérias em pessoas assintomáticas. O exame detecta a calcificação nos vasos, sendo diretamente proporcional, ou seja, quanto mais cálcio, mais placas, e quanto mais placas, maior o risco de infarto. Uma pessoa com idade biológica de 40 anos, mas com a coronária repleta de cálcio, apresenta idade vascular de alguém de 70 anos.

Acesse a notícia completa no Jornal da USP.

Fonte: Jornal da USP. Imagem: Getty Imagens.

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