Notícia

Cientistas desenvolvem mandioca para a indústria com mais amido

A nova variedade de mandioca foi projetada para a região centro-sul do País, que concentra 80%  da produção nacional de fécula

Marco Antônio Rangel, EMBRAPA

Fonte

EMBRAPA | Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Data

quinta-feira, 6 fevereiro 2020 09:10

Áreas

Agricultura. Agronomia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos

Uma nova variedade de mandioca é capaz de produzir, já no primeiro ciclo, 45% a mais de raízes e 51% a mais de amido. Esse é o desempenho registrado nos experimentos da BRS 420 comparando às cultivares usadas no centro-sul do País, região para a qual a nova raiz foi projetada.

Ela também é adaptada ao plantio direto, prática em expansão na região, que confere estabilidade produtiva e conservação ambiental. A região centro-sul concentra 80% da produção brasileira de fécula de mandioca, o amido extraído da raiz.

“A variedade apresenta excelente comportamento produtivo tanto em colheitas precoces, de dez a 12 meses após o plantio, quanto tardias, até 24 meses, o que assegura flexibilidade de colheita e amplia a janela de comercialização,” informa o pesquisador Dr. Marco Antonio Rangel, que atua no campo avançado da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) localizado na Embrapa Soja (PR).

“Quando a gente fala que é precoce, pode parecer que só produz no primeiro ciclo, mas não. No segundo, ela é também muito produtiva. Em um ano como este, por exemplo, em que os preços estão de razoáveis a bons, o produtor já tem opção de colheita no primeiro ciclo. E em um ano em que o preço não estiver tão bom, o produtor pode optar por colher depois”, ressalta o Dr. Rangel, que é o responsável pelo trabalho de avaliação e validação do material na região. A BRS 420 é oriunda do programa de melhoramento genético da mandioca da Embrapa Cerrados (DF).

Ele ressalta que o lançamento da cultivar procura atender à demanda número um da cadeia produtiva no centro-sul: a diversificação de variedades. Em 2016, foi lançada a BRS CS01, a primeira variedade da Embrapa para indústria recomendada para a região, também altamente produtiva. “Haverá produtores que vão adotar as duas, como já estamos vendo, outros vão gostar mais da BRS CS01, outros da BRS 420, as duas não competem entre si. São materiais com características semelhantes. Uma vai se adaptar melhor em uma condição, a outra, em outra. Temos mais quatro candidatas a variedades prontas para lançar,” anuncia Rangel.

“Com essas novas variedades, os produtores estão obtendo um parâmetro de produção superior, o que faz crescer o padrão de exigência deles. Isso é extremamente positivo e, ao mesmo tempo, aumenta a demanda para desenvolvermos materiais cada vez melhores. Por outro lado, eles também se conscientizam de que é necessário um cuidado maior de suas lavouras para que as novas variedades se expressem em toda a sua plenitude”, avalia o cientista.

Segundo ele, a BRS 420 chegou a ultrapassar a produção de 60 toneladas por hectare, nos experimentos. Em pequenas áreas de produtores, ela tem superado 50 toneladas por hectare no primeiro ciclo. “Hoje, infelizmente, temos visto na região as variedades locais ficarem no primeiro ciclo em torno de 20 toneladas e, no segundo, nem isso”, conta.

Acesse a notícia completa na página da EMBRAPA.

Fonte: Alessandra Vale, Embrapa Mandioca e Fruticultura.  Imagem: Marco Antônio Rangel, Embrapa.

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