Notícia
Casca da manga pode gerar produtos esfoliantes biodegradáveis
Pesquisadores esperam contribuir para resolver problemas como o dano ambiental gerado pela produção de celulose – que é a matéria-prima para as microesferas biodegradáveis
Pixabay
Fonte
IFSC | Instituto Federal de Santa Catarina
Data
terça-feira, 6 novembro 2018 14:30
Áreas
Agronegócio. Ciência e Tecnologia de Alimentos
O que você faz com a casca das frutas que você come? Joga fora? Faz compostagem? E já pensou em fazer polímeros biodegradáveis que evitam a destruição e a poluição do meio ambiente? Pois essa é a ideia de um grupo de estudantes do Campus Jaraguá do Sul-Centro, que formaram a equipe Mangaláticos e voltaram da final do Desafio IFSC de Ideias Inovadoras, promovida em setembro, com quatro mil reais no bolso para tornar realidade esse objetivo.
Após observarem a grande quantidade de cascas que são jogadas fora diariamente nos lixos, os integrantes da equipe resolveram investir tempo num projeto que pudesse encontrar uma finalidade comercial para essa grande quantidade de matéria orgânica. “Resolvemos extrair da casca da manga a substância necessária para fazer microesferas biodegradáveis, que são aquelas bolinhas normalmente encontradas no sabonete que servem para fazer esfoliação da pele”, conta Evelin Caroline Bilibio de Andrade, da 8ª fase do Ensino Médio Técnico Integrado em Química.
Os estudantes do IFSC perceberam que as microesferas utilizadas nos produtos esfoliantes tradicionais não possuem destinação adequada, pois o tratamento do esgoto das cidades não dá conta de remover da água esse produto. “O plástico de que são feitas essas esferas demora centenas de anos para se decompor e, devido ao tamanho do material, as estações de tratamento não conseguem reter esse plástico e ele acaba sendo jogado nos rios e mares. Por isso nós estamos desenvolvendo uma microesfera biodegradável que vai se decompor naturalmente em cerca de um ano”, explica o mangalático Júlio Spezzia de Souza, também da 8º fase do curso.
A equipe já definiu a metodologia para esse desafio e atualmente trabalha no desenvolvimento das microesferas. Até o final do ano o material biodegradável estará pronto e, no início de 2019, serão realizados os testes para definir qual o melhor material para compor o novo produto. “Vamos comparar os resultados obtidos a partir das microesferas comerciais, das microesferas feitas com a celulose da casca da manga e das microesferas feitas com celulose comprada no comércio, sendo essas duas últimas biodegradáveis”, destaca o último integrante da equipe, Vinicius de Moraes, da 6ª fase do curso.
Ao utilizar um material extraído de rejeitos orgânicos e que permite a degradação rápida das microesferas, o grupo espera contribuir para resolver problemas como o dano ambiental gerado pela produção de celulose – que é a matéria-prima para as microesferas biodegradáveis – e a grande quantidade de plástico que acaba nos oceanos e que, por consequência, também é ingerida e acumulada por seres vivos. “E assim gerar benefícios para a nossa saúde, com menos plástico sendo acumulado em nós e diminuindo, dessa maneira, a incidência de câncer”, lembra Júlio.
Acesse a notícia completa na página do IFSC.
Em suas publicações, o Canal Nutrição da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Nutrição tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Canal Nutrição e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Nutrição, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Por favor, faça Login para comentar