Notícia
Consumo moderado de carne vermelha e processada pode aumentar risco de câncer de intestino
Pesquisa indica que o risco de câncer de intestino já aumenta com um consumo médio diário de apenas 25g de carne vermelha processada
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Fonte
Universidade Oxford
Data
sábado, 20 abril 2019 14:10
Áreas
Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública
Comer quantidades moderadas de carne vermelha e processada pode aumentar o risco de câncer de intestino, de acordo com um estudo publicado na revista científica International Journal of Epidemiology.
O estudo mostrou que pessoas que consomem em média 76g de carne vermelha e processada por dia têm uma chance 20% maior de desenvolver câncer de intestino do que aquelas que comem apenas 21g por dia. Um em cada 15 homens e uma em 18 mulheres nascidas depois de 1960 no Reino Unido serão diagnosticadas com câncer de intestino. Este estudo constatou que o risco aumentou 19% em cada 25g de carne processada (aproximadamente equivalente a uma fatia de bacon ou fatia de presunto) que as pessoas comem por dia e 18% a cada 50g de carne vermelha (uma fatia espessa de carne assada ou pedaço comestível de uma costeleta de cordeiro).
O professor Dr. Tim Key, diretor do Instituto de Epidemiologia Oncológica da Universidade Oxford, no Reino Unido e um dos autores do estudo, explicou: “Nossos resultados sugerem fortemente que as pessoas que comem carne vermelha e processada quatro ou mais vezes por semana têm um risco maior de desenvolver câncer de intestino do que aqueles que comem carne vermelha e processada menos de duas vezes por semana.”
“Há evidências substanciais de que a carne vermelha e processada está ligada ao câncer de intestino, e a Organização Mundial da Saúde classifica a carne processada como carcinogênica e carne vermelha como provavelmente carcinogênica. A maioria das pesquisas anteriores analisou as pessoas na década de 1990 ou antes, e as dietas mudaram significativamente desde então, por isso nosso estudo fornece uma visão mais atualizada que é relevante para o consumo de carne hoje”, relatou o pesquisador.
O Professor Dr. Tim Key e os co-autores Dra Kathryn Bradbury, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, e Dr Neil Murphy, da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, estudaram as dietas de quase meio milhão de homens e mulheres britânicos que participam do estudo Biobank no Reino Unido. Participantes com idade entre 40 e 69 anos (no início da pesquisa) foram seguidos por mais de cinco anos, durante os quais 2.609 deles desenvolveram câncer de intestino.
Evidências existentes apontam para um aumento do risco de câncer de intestino para cada 50g de carne processada que uma pessoa ingere, em média, por dia, mas esta pesquisa descobriu que o risco aumenta com apenas 25g de consumo médio diário. Este é um dos maiores estudos individuais nesta área e um dos poucos a medir quantidades de carne e riscos associados com precisão.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Oxford (em inglês).
Fonte: Unidade de Epidemiologia do Câncer, Universidade Oxford. Imagem: Pxhere.
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