Notícia
Biofertilizante orgânico à base de microalgas é opção sustentável para a agricultura
Biofertilizante que, além de sustentável possui características de insumo orgânico
Atila F. Mógor - Divulgação
Fonte
UFPR | Universidade Federal do Paraná
Data
quarta-feira, 9 setembro 2020 13:40
Áreas
Agricultura. Agronomia. Biotecnologia. Ciências Agrárias
Um biofertilizante que, além de sustentável (porque é à base de microalgas produzidas em fotobiorreatores), possui características de insumo orgânico, teve o registro de patente expedido no fim de junho pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), ligado ao Ministério da Economia. Trata-se da primeira patente verde obtida por meio de uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Paraná (UFPR). A investigação conduzida no Programa de Pós-Graduação em Agronomia – Produção Vegetal (PPGAPV) da UFPR obteve aminoácidos livres da biomassa de uma microalga de alto teor protéico e comprovou os efeitos deles no crescimento de plantas.
O resultado da pesquisa foi uma fonte bioativa para a agricultura que é inovadora porque funciona não por ser uma fonte de nutriente em si, mas por estimular o processo de crescimento e desenvolvimento das plantas.
“O produto não é um fertilizante clássico, pois não é essencialmente um fornecedor de nutrientes para as plantas. Para registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), se enquadraria na classe dos biofertilizantes, que são produtos caracterizados por seus efeitos bioativos, ou seja, estimulam nas plantas resposta de sinalização, e não de nutrição”, explica a pesquisadora Dra. Gilda Mógor, que faz pós-doutorado no PPGAPV e é a principal inventora da patente, que está disponível na Agência de Inovação da UFPR para parcerias com empresas.
Alfaces orgânicas
Os experimentos foram realizados no no Laboratório de Biofertilizantes e na Área de Olericultura Orgânica da Fazenda Canguiri, estação da UFPR localizada em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. As plantas usadas nos experimentos foram alfaces. “A patente está fundamentada em estudos prévios, chamados de bioensaios, em plantas modelo e seus efeitos na produção de alface orgânica. Os resultados em plantas modelo indicam potencial para uso em vários outros cultivos”, afirma a pesquisadora.
As plantas que cresceram mais depressa devido ao biofertilizantes foram alfaces cultivadas no campo, mas os ensaios apontaram que a invenção tem uso versátil. “A patente está fundamentada em estudos prévios, chamados de bioensaios, em plantas modelo e seus efeitos na produção de alface orgânica. Os resultados em plantas modelo indicam potencial para uso em vários outros cultivos”, afirma a pesquisadora.
Com isso, a pesquisa apresenta a possibilidade factível da produção comercial de um biofertilizante limpo a partir da biomassa hidrolisada da microalga Arthrospira sp., que é uma fonte de aminoácidos que pode ser cultivada em qualquer lugar do Brasil. A viabilidade de uso rápido da tecnologia pela sociedade é um dos fundamentos do Programa Patentes Verdes, disponível como serviço do instituto desde 2016, com foco na aceleração de processos que envolvem inovações com benefícios ao meio ambiente.
Acesse a notícia completa na página da UFPR.
Fonte: Camille Bropp, UFPR. Imagem: Atila F. Mógor – Divulgação
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