Notícia

As contribuições e desafios dos pesquisadores da obesidade e doenças relacionadas

Há cinco anos os pesquisadores do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades – OCRC estudam as relações entre a obesidade e todas as doenças que ela acompanha, como diabetes, hipertensão ou aterosclerose, entre outras

Antoninho Perri, UNICAMP

Fonte

UNICAMP | Universidade Estadual de Campinas

Data

terça-feira, 30 outubro 2018 10:35

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

A exposição à poluição atmosférica pode favorecer o desenvolvimento da obesidade e a resistência à insulina, um dos fatores que provocam diabetes. É uma hipótese que está sendo testada na pesquisa de doutorado da estudante Olívia Zordão, ligada ao Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades – OCRC, sediado na Unicamp. O trabalho está entre os vários pôsteres exibidos no V Simpósio OCRC, realizado até esta sexta-feira, (25) na Unicamp. Há cinco anos os pesquisadores do centro estudam as relações entre a obesidade e todas as doenças que ela acompanha, como diabetes, hipertensão ou aterosclerose, entre outras.

O OCRC é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids), apoiados pela Fapesp. O simpósio reuniu, em dois dias, os pesquisadores da área. Além de palestras são apresentados os resultados já obtidos de várias pesquisas. E há muito o que comemorar. De acordo com diretor do centro, Dr. Licio Augusto Velloso, em cinco anos mais de 500 trabalhos científicos foram publicados, obtendo mais de 7 mil citações, além de alguns produtos patenteados.

Um programa de difusão de conhecimento para a comunidade, envolvendo crianças de escolas públicas, também merece destaque. “Foram feitas atividades com crianças de ensino fundamental e médio, principalmente junto às escolas públicas de Campinas. Conseguimos atingir mais ou menos 85 mil crianças em cinco anos”, afirmou o diretor.

Com visitas dos pesquisadores às escolas para falar de bons hábitos alimentares e sobre a importância do exercício físico, ou recebendo, na Unicamp, grupos de estudantes, o trabalho buscou despertar nas crianças a vontade de melhorar a alimentação e a qualidade de vida. “Apesar de ser difícil modificar o hábito das crianças nós precisamos ir plantando uma sementinha. Se elas já sabem desde pequenas que fazer atividades físicas e se alimentar de determinada forma são coisas boas, já é um grande passo”, relatou.

Em cinco anos de OCRC foram concluídas 120 dissertações de mestrado e teses de doutorado e mais de cinquenta pós-doutorados foram supervisionados. Todos os alunos trouxeram recursos para a Universidade por meio de bolsas ou verbas suplementares.

Em relação às pesquisas, a maior parte dos estudos, segundo o Dr.Velloso, está buscando identificar alvos para potenciais medicamentos para tratar as doenças relacionadas com a obesidade. “A diabetes por exemplo, ainda não temos uma solução definitiva para a doença. Os pacientes precisam tomar medicamentos de forma contínua. Como existem componentes genéticos relacionados, a gente procura identificá-los para tentar, no futuro, alguma forma de terapia que possa oferecer um tratamento mais definitivo para essas doenças”.

Olívia Zordão estuda a exposição perinatal de camundongos à poluição atmosférica. “Mães grávidas, ou amamentando, ficam expostas em um concentrador de partículas atmosféricas que capta a poluição real da rua. Estimamos o tempo que seria necessário para igualar a uma exposição de área para o ser-humano na mesma região”, descreve a doutoranda. Já na etapa final do trabalho Olívia conseguiu observar que os camundongos machos engordaram e tiveram alteração no metabolismo de glicose. Falta verificar o que irá acontecer com os filhotes, que terminam de ter o cérebro formado apenas no período de amamentação. “Pode ser que haja uma programação metabólica porque a formação dos neurocircuitos do camundongo se dá na lactação, diferente do que ocorre no ser-humano”.

Acesse a notícia completa na página do Jornal UNICAMP.

Fonte: Patrícia Lauretti, UNICAMP. Imagens: Antoninho Perri, UNICAMP.

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