Notícia
Ameixas secas na alimentação pode ajudar a proteger contra a perda óssea em mulheres na pós-menopausa
Pesquisadores descobriram que as ameixas secas podem ajudar a prevenir ou retardar a perda óssea em mulheres na pós-menopausa, possivelmente devido à sua capacidade de reduzir a inflamação e o estresse oxidativo, que contribuem para a perda óssea
Pixabay, arte
Fonte
Universidade Estadual da Pensilvânia
Data
domingo, 13 fevereiro 2022 11:55
Áreas
Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional. Saúde Pública
Já é bem conhecido que as ameixas secas são boas para o intestino, mas uma nova pesquisa da Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State), nos Estados Unidos, sugere que elas também podem ser boas para a saúde óssea.
Em uma revisão de pesquisa, os pesquisadores descobriram que as ameixas secas podem ajudar a prevenir ou retardar a perda óssea em mulheres na pós-menopausa, possivelmente devido à sua capacidade de reduzir a inflamação e o estresse oxidativo, que contribuem para a perda óssea.
“Em mulheres na pós-menopausa, níveis mais baixos de estrogênio podem desencadear um aumento do estresse oxidativo e inflamação, aumentando o risco de enfraquecimento dos ossos que podem levar a fraturas. Incorporar ameixas na dieta pode ajudar a proteger os ossos, retardando ou revertendo esse processo”, disse a Dra. Connie Rogers, professora associada de ciências nutricionais e fisiologia.
A revisão foi publicada recentemente na revista científica Advances in Nutrition.
A osteoporose é uma condição na qual os ossos ficam fracos ou quebradiços que pode acontecer a qualquer pessoa em qualquer idade, mas segundo os pesquisadores é mais comum em mulheres com mais de 50 anos. A condição afeta mais de 200 milhões de mulheres em todo o mundo, causando quase nove milhões fraturas a cada ano.
Embora existam medicamentos para tratar a osteoporose, os pesquisadores disseram que há um interesse crescente por maneiras de tratar a doença com nutrição.
“Frutas e vegetais que são ricos em compostos bioativos, como ácido fenólico, flavonóides e carotenóides podem ajudar a proteger contra a osteoporose, com ameixas em particular ganhando atenção em pesquisas anteriores”, disse a Dra. Mary Jane De Souza, professora de cinesiologia e fisiologia
Segundo os pesquisadores, os ossos são mantidos ao longo da vida adulta por processos que constroem continuamente novas células ósseas enquanto removem as antigas. Mas depois dos 40 anos, essa quebra de células velhas começa a ultrapassar a formação de novas. Isso pode ser causado por vários fatores, incluindo inflamação e estresse oxidativo, que é quando os radicais livres e antioxidantes estão desequilibrados no corpo.
As ameixas, no entanto, têm muitos benefícios nutricionais, como minerais, vitamina K, compostos fenólicos e fibras alimentares – todos os quais podem ajudar a combater alguns desses efeitos.
Para sua revisão, os pesquisadores analisaram dados de 16 estudos pré-clínicos em modelos de roedores, dez estudos pré-clínicos e dois ensaios clínicos. Ao longo dos estudos, os pesquisadores encontraram evidências de que comer ameixas secas ajudou a reduzir a inflamação e o estresse oxidativo e promoveu a saúde óssea.
Por exemplo, os ensaios clínicos descobriram que consumir 100 gramas de ameixas secas – cerca de 10 ameixas – todos os dias durante um ano melhorou a densidade mineral óssea dos ossos no antebraço e na parte inferior da coluna e diminuiu os sinais de renovação óssea.
Além disso, consumir 50 ou 100 gramas de ameixas secas por dia durante seis meses evitou a perda de densidade mineral óssea total e diminuiu TRAP-5b – um marcador de reabsorção óssea – em comparação com mulheres que não comiam ameixas.
“Em conjunto, evidências de estudos pré-clínicos in vitro e estudos clínicos limitados sugerem que as ameixas secas podem ajudar a reduzir a perda óssea. Isso pode ser devido ao turnover ósseo alterado e por inibir a inflamação e suprimir marcadores de estresse oxidativo”, disse a Dra. Rogers.
Os pesquisadores disseram que um mecanismo potencial para os efeitos são as ameixas secas que desencadeiam uma mudança no microbioma intestinal que reduz a inflamação no cólon. Isso pode então diminuir os níveis de citocinas pró-inflamatórias e marcadores de dano oxidativo.
No futuro, os pesquisadores planejam relatar ainda mais os efeitos do consumo de ameixas secas por 12 meses nos resultados ósseos, vias inflamatórias e microbiota intestinal em um estudo controlado randomizado liderado pela Dra. De Souza.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Estadual da Pensilvânia (em inglês).
Fonte: Katie Bohn, Universidade Estadual da Pensilvânia. Imagem: Pixabay, arte.
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