Notícia

Amamentação ajuda a saúde cardiovascular da mãe por três anos ou mais

Fonte

Universidade de Adelaide

Data

sexta-feira, 4 agosto 2023 15:45

Áreas

Nutrição Materno Infnatil. Saúde Pública

O surpreendente benefício cardiometabólico para a saúde materna é particularmente importante para mulheres que tiveram uma gravidez complicada, o que pode aumentar sua chance de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV) mais tarde na vida.

Os novos resultados – publicados na revista científica International Breastfeeding Journal por especialistas da Universidade de Adelaide e da Universidade Flinders – resultam de um estudo de longa duração com 160 mães que amamentam e que participaram de exames de saúde de acompanhamento após o parto de seus bebês.

O estudo constatou que as mulheres que amamentaram por pelo menos seis meses apresentaram pressão arterial mais baixa e recuperação do peso corporal (ou IMC) por até três anos após o nascimento do bebê.

A autora sênior, a professora Dra. Claire Roberts, que lidera o grupo de pesquisa Pregnancy Health and Beyond (‘PHaB Lab’) da Flinders University, disse que o estudo foi positivo para mulheres com complicações na gravidez, pois registraram pressão arterial mais baixa e melhoraram as medidas de colesterol em três anos pós-parto.

“Isso significa que a amamentação melhora os fatores de risco cardiometabólicos das mulheres, o que é uma boa notícia para as novas mães que podem estar em risco de desenvolver futuras doenças cardiovasculares e metabólicas”, disse Claire Roberts, da Flinders College of Medicine and Public Health , que completou:

“As complicações da gravidez estão associadas ao risco de doença cardiovascular posterior e seus filhos também correm o risco de saúde metabólica prejudicada no início da vida.”

“Juntamente com os benefícios neurológicos e outros benefícios para a saúde dos bebês, a Organização Mundial da Saúde recomenda a amamentação exclusiva por até seis meses e a amamentação por mais de 12 meses para promover uma redução significativa na hipertensão crônica e no diabetes nas mulheres.”

O novo estudo da Austrália do Sul foi liderado pela Dra. Maleesa Pathirana, da Universidade de Adelaide, e colegas do Robinson Research Institute, do departamento de cardiologia do Lyell McEwin Hospital e da Flinders University, que conduziram o acompanhamento de 280 mulheres e seus filhos do estudo Screening Tests to Predict Outcomes of Pregnancy (STOP) entre 2018 e 2021.

“Descobrimos que as mulheres que amamentaram por pelo menos seis meses tiveram índice de massa corporal (IMC) significativamente menor, pressão arterial, pressão arterial média e pressão arterial central mais baixas do que aquelas que não amamentaram”, disse a Dra. Maleesa Pathirana.

“Descobrimos que, se as mulheres com pelo menos uma complicação importante na gravidez – como pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional e diabetes gestacional – amamentassem por pelo menos seis meses, elas tinham pressão arterial significativamente mais baixa, perfil de colesterol melhorado e insulina mais baixa em comparação com aquelas que não amamentavam. por pelo menos seis meses.

“Essas descobertas indicam uma melhora geral na saúde cardiovascular.”

Os pesquisadores recomendaram mais investigações em uma amostra maior de mulheres que amamentam em comparação com aquelas que optaram por não amamentar.

Eles também recomendaram mais intervenções que apoiem a amamentação em áreas desfavorecidas ou de baixo nível socioeconômico, particularmente para mulheres com complicações na gravidez, para reduzir o risco de doença cardiovascular ao longo da vida.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Adelaide (em inglês).

Fonte: Johnny von Einem, Universidade de Adelaide.  Imagem: Freepik.

Em suas publicações, o Canal Nutrição da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Nutrição tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.