Notícia

Açúcar aumenta o desejo por gordura: estudos confirmam a teoria dos pesquisadores

Fonte

Universidade Umeå

Data

domingo, 26 novembro 2023 11:25

Áreas

Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nutrição Clínica. Nutrição de Coletividades. Saúde Pública

Estudo recente, publicado na revista científica Cell Reports, revela uma ligação fascinante: a ingestão de gordura e açúcar exerce influência uma sobre a outra. Embora o estudo tenha sido realizado em moscas-das-frutas, é possível que existam mecanismos semelhantes em humanos.

“Muito açúcar reduz o desejo por doces, mas aumenta a ingestão de gordura e vice-versa. Isto garante que as moscas obtenham açúcar e gordura suficientes como nutrientes”, explicou o Dr. Mattias Alenius, professor do Departamento de Biologia Molecular , da Universidade Umeå, na Suécia .

Anteriormente, a equipe descobriu que mesmo um ligeiro aumento no açúcar na dieta faz com que o intestino da mosca libere na circulação um hormônio chamado ‘Hedgehog’. Isso reduz a resposta do açúcar nas células gustativas, fazendo com que as moscas optem por alimentos não doces. Seu último estudo revela que o Hedgehog não apenas diminui o desejo por açúcar, mas também aumenta o desejo por gordura.

Rastrear o sinal que impulsiona o desejo por mais gordura levou os pesquisadores a um regulador central de gordura encontrado tanto em camundongos quanto em moscas: a leptina, conhecida como Upd2 nas moscas. À medida que o tecido adiposo aumenta nas moscas, o Upd2 é liberado, suprimindo a percepção do sabor da gordura enquanto intensifica o desejo por doçura. Assim, a interação entre a ingestão de gordura e açúcar é regulada mutuamente pelos sinais ‘Hedgehog’ e Upd2.

“É um cabo de guerra entre açúcar e gordura – não uma restrição do total de calorias, como preferiríamos. Presumivelmente, os humanos têm mecanismos de compensação semelhantes aos das moscas, o que significa que preferimos ter tanta gordura como açúcar. Costuma-se dizer que um cheesecake americano é a melhor maneira de estimular nosso desejo de comer”, disse o Dr. Mattias Alenius e continua:

“Nós, humanos, percebemos a gordura como um sabor, e resta saber se essas descobertas da pesquisa também se aplicam a nós. Alimento para reflexão em pesquisas futuras.”

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Umeå (em inglês)

Fonte: Sara-Lena Brännström, Universidade Umeå. Imagem: Freepik.

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