Notícia

ABESO e SBEM: proposta de uma nova maneira de classificar a obesidade

A nova classificação valoriza muito mais um emagrecimento sustentável, aquele que as pessoas conseguem manter

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Fonte

ABESO | Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica

Data

terça-feira, 3 maio 2022 17:15

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Saúde Pública

A  Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) lançaram em conjunto um documento oficial que propõe uma nova maneira de classificar a obesidade baseada na trajetória do peso.

Até hoje, a maior parte das pessoas ainda acredita que o objetivo do tratamento da obesidade seja normalizar, por assim dizer, o índice de massa corporal (IMC), como se só assim, tornando-se magro, fosse possível obter benefícios clínicos e ter um organismo mais saudável.

No entanto, uma perda de peso que pode parecer muitas vezes até modesta — geralmente acima de 5% — já está relacionada a vantagens para a saúde, independentemente do valor do IMC ao final do tratamento que levou a esse emagrecimento.

De uma maneira extremamente simples, a nova proposta parte do peso máximo que uma pessoa alcançou na vida — mas, atenção, não vale aquele peso da gravidez, nem o do período de lactação ou o de outras situações especiais descritas no artigo. Depois, anota-se o quanto de peso ela já perdeu no passado e calcula-se a porcentagem que essa perda representaria daquele valor mais alto.

Para quem tem um IMC entre 30 e 39, 9 kg/m2, perdas que representem de 5% a 10% do valor mais alto alcançado na vida indicam uma obesidade reduzida. Já perdas acima de 10% apontam para uma obesidade controlada, com uma redução de risco importante para a saúde.

Se, no entanto, o indivíduo tem um IMC igual ou maior do que 40kg/m2, os valores mudam um pouco. Então, para a obesidade ser considerada reduzida, a perda deve representar mais 10% do peso mais alto e deve ultrapassar 15% para a gente falar em obesidade controlada.

A Abeso e todos os autores do documento não têm a pretensão de que a nova proposta substitua as classificações anteriores, mas que sirva de ferramenta adjuvante ou completar para avaliação dos pacientes. E, talvez tão importante quanto isso, para disseminar o conceito de que, na hora de avaliar a obesidade, é fundamental perguntar o peso máximo do indivíduo ao longo da vida para entender a sua história e oferecer o melhor tratamento. Que, leia-se, não deve mirar valores difíceis de serem alcançados na balança, que só servem para destruir o engajamento e favorecer o prejudicial efeito safona.

A nova classificação valoriza muito mais um emagrecimento sustentável, aquele que as pessoas conseguem manter — e essa pode ser, sim, a parte mais desafiadora do tratamento.

Autores do documento: Dr. Bruno Halpern, Dr. Marcio C. Mancini, Dra. Maria Edna de Melo, Dr. Rodrigo N. Lamounier, Dr. Rodrigo O. Moreira, Mario K. Carra, Theodore K. Kyle, Dra. Cintia Cercato, Dr. Cesar Luiz Boguszewski 

Acesse o artigo completo na página da ABESO.

Acesse a notícia na página da ABESO.

Fonte: Abeso. Imagem: Freepik.

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