Notícia
A matemática e a saúde do consumidor
Pesquisador falou sobre a importância da consciência sobre do nível de modificação do alimento que consumimos

Foto de Gustavo Tempone (Divulgação)
Fonte
UFJF | Universidade Federal de Juiz de Fora
Data
sábado, 28 outubro 2017 14:08
Áreas
Educação Nutricional
Ao longo dos anos, os alimentos que consumimos passaram a receber diversas formas de processamento. Se antes a comida vinha direto do campo para o prato do consumidor, hoje, existe um longo caminho entre a colheita do alimento, seu armazenamento, transporte e adição de substâncias para torná-lo mais atraente e aumentar sua durabilidade. Criar o hábito de conferir as embalagens dos produtos que consumimos, associado ao cálculo de nutrientes que é necessário ingerir diariamente, passou a ser essencial para manter uma alimentação balanceada.
Quem trouxe essa discussão para a 6ª Jornada de Divulgação Científica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi o Prof Dr Carlos Henrique Fonseca, do departamento de Farmácia do Campus de Governador Valadares. A apresentação aconteceu na tarde desta quinta-feira, 26, no Centro de Ciências, e teve o intuito de esclarecer informações presentes nas embalagens de produtos. Além disso, também foi explicado o que são os aditivos alimentares, alimentos geneticamente modificados, agrotóxicos e os impactos dessas substâncias na alimentação.
A importância de entender os rótulos
“Quando a gente vai até uma rede de fast-food e compra um pote de sorvete com pedaços de chocolate, na verdade, ali dentro existe muito pouco de sorvete”, revela o professor, usando este como um dos exemplos para ilustrar a questão dos alimentos processados. Ao longo da palestra, o Dr Fonseca ressalta a importância de compreender os números impressos nos rótulos dos alimentos e, através desse cuidado, selecionar os produtos que prefere consumir.
Para um consumo mais consciente, o professor afirma a obrigatoriedade da descrição de transgênicos nos rótulos dos produtos alimentícios. Ele também pondera sobre o objetivo da alteração genética nas comidas, apontando que a mesma pode ser feita com o intuito de otimizar a produção, aumentar a resistência do alimento às pragas, ampliar o teor de óleo, expandir a quantidade de grãos em uma mesma planta e, em alguns casos, reduzir o gosto amargo, por exemplo. O Dr Fonseca, no entanto, alerta: “no nível da técnica, a proposta é excelente. Não podemos ser contrários à essa tecnologia — mas devemos cobrar que exista um uso controlado disso.”
O pesquisador também destaca a movimentação da população e de determinadas iniciativas para fugir do consumo de alimentos transgênicos. “Para se ter uma ideia, toda soja, óleo de soja, alho, arroz e a maioria dos grãos são de cultivo transgênico. Existe um movimento de reação de algumas indústrias que produzem alimentos não geneticamente modificados para um mercado que não quer consumir esses produtos.”
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