Notícia
A importância da regulamentação da alimentação adequada e saudável nas escolas
O que se come na escola não representa um consumo esporádico, pois crianças e adolescentes passam boa parte do dia dentro do ambiente escolar
Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável
Fonte
REBRAE | Rede Brasileira de Alimentação e Nutrição do Escolar
Data
terça-feira, 2 julho 2019 14:05
Áreas
Alimentação Escolar. Educação Nutricional. Nutrição Coletividades
Algumas horas após entrar em vigor o Decreto Estadual 47.557 que estabelece as regras para a promoção da alimentação adequada e saudável nas escolas públicas e privadas de Minas Gerais foi suspenso pelo governador do estado. De acordo com o governo, a suspensão ocorreu pelo entendimento de que o tema merece uma análise criteriosa pelos técnicos do estado, como análise do impacto social e econômico do decreto, dentre outros aspectos.
De acordo com o decreto, suspenso por 240 dias, a venda de alimentos com alto teor de calorias, gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal ou com poucos nutrientes estaria vetada nas escolas de Minas Gerais. A proibição se estendia a serviços próprios da escola ou terceirizados, como cantinas e lanchonetes, e vendedores ambulantes que ficam na porta das escolas.
Ficaria também proibida a exposição, nas escolas, de materiais publicitários que tenham como objetivo persuadir crianças e adolescentes para o consumo desses produtos, incluindo aqueles que utilizam personagens, apresentadores infantis, desenhos animados, entre outros materiais com apelo a esse público.
Após a suspensão do decreto, restam algumas questões: Quem perde com isso? A quem interessa a permanência dos alimentos ultraprocessados dentro das escolas? Por que com a suspensão do decreto fica definida a criação de um grupo de trabalho sem a participação efetiva da sociedade civil?
Por que essa lei é urgente?
Se na sala de aula os alunos aprendem sobre os riscos de uma alimentação rica em açúcar e gordura, qual é o sentido da cantina vender este tipo de alimento, principalmente num contexto onde as compras são feitas pelos próprios alunos, sem a mediação dos responsáveis? O que se come na escola não representa um consumo esporádico, pois crianças e adolescentes passam boa parte do dia dentro do ambiente escolar.
Se temos índices crescentes de sobrepreso e obesidade infantil no estado, precisamos ter uma postura de enfrentamento desta realidade. Se as crianças consomem em casa alimentos não saudáveis, não significa que a escola tenha que manter o mesmo padrão.
O ambiente escolar deve ser o espaço da mudança, da transformação, do olhar crítico e do aprendizado constante. A mudança dos hábitos alimentares das famílias depende também do trabalho dentro das escolas, assim como o combate ao sedentarismo e outras ações pela saúde.
Acesse a notícia completa na página da REBRAE.
Fonte: Aliança pela Alimentação Saudável, Rebrae. Imagem: Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável.
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