Notícia
A fluorescência do azeite ajuda a identificar sua qualidade
Pesquisadores desenvolveram aplicações para a avaliação rápida da qualidade do azeite com base na fluorescência de seus compostos nutricionais
Pixabay
Fonte
Universidade Politécnica de Madri
Data
quinta-feira, 21 novembro 2019 12:10
Áreas
Agronomia. Ciência e Tecnologia de Alimentos
Atualmente, a comercialização de azeite extra-virgem tornou-se cada vez mais exigente em termos de qualidade e rastreabilidade. O setor oleícola está sujeito ao cumprimento de regulamentos que estabelecem inúmeras análises trabalhosas, lentas e caras. Diante disso, a aplicação da espectroscopia de fluorescência permite desenvolver procedimentos de fácil implementação, rápidos e com menor custo econômico e ambiental, com ausência de solventes e reagentes. O novo método foi proposto por pesquisadores da Universidade Politécnica de Madri (UPM), na Espanha, em colaboração com o Instituto Nacional de Pesquisa em Ciências e Tecnologias para o Meio Ambiente e Agricultura (IRSTEA). O procedimento pode ser aplicado em qualquer elo da cadeia de valor, do produtor ao consumidor final.
O azeite é um importante produto de consumo em massa. A produção e a comercialização aumentaram e se estenderam da região do Mediterrâneo para outras regiões do mundo. O crescente interesse neste produto, especialmente o azeite extra-virgem, baseia-se em suas qualidades benéficas para a saúde e em seus atributos sensoriais, pois é rico em ácidos graxos monoinsaturados e compostos antioxidantes, possuindo uma ampla gama de nuances aromáticas e gustativas. Precisamente, os principais compostos relacionados a essas qualidades são fluorescentes. Portanto, o Grupo de Pesquisa do Laboratório de Propriedades Físicas e Técnicas Avançadas em Alimentos Agroalimentares (LPF_Tagralia) da UPM desenvolveu metodologias baseadas em espectroscopia de fluorescência para avaliar a qualidade do óleo.
A espectroscopia de fluorescência usa o princípio da incidência de um feixe de luz sobre a amostra de óleo. Os compostos fluorescentes reagem e, como conseqüência, emitem um novo feixe de luz que é coletado na forma de um espectro e posteriormente analisado com ferramentas de análise de dados. “Essa capacidade foi explorada pelo grupo para estabelecer modelos matemáticos que podem monitorar a evolução da qualidade e estimativa de compostos e propriedades físico-químicas do azeite”, explica a Dra. Lourdes Lleó García, uma das pesquisadoras do estudo.
Os espectros de emissão correspondentes aos diferentes compostos fluorescentes do óleo dão origem a traços espectrais característicos. Os traços de óleos de diferentes qualidades são diferentes devido à sua composição e ao manuseio sofrido ao longo da cadeia de valor. “A composição diferente pode ter origem na variedade da azeitona, nos processos de extração no moinho de óleo, nos processos de refino industrial, misturas de diferentes qualidades, exposição ao calor, luz e oxigênio no armazenamento”, conclui a Dra. Natalia Hernández Sánchez, que também participou do estudo.
O resultado do trabalho realizado levou a várias publicações científicas internacionais e foi premiado duas vezes no Congresso de Agroengenharia da Sociedade Espanhola de Agroengenharia.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Politécnica de Madri (em espanhol).
Fonte: Universidade Politécnica de Madri. Imagem: Pixabay.
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