Trabalho de Conclusão de Curso
Avaliação da atividade antibacteriana do óleo de Pequi extraído artesanalmente (Caryocar sp.)
Autor(es)
Nathália Moura Jordão Emerenciano
Orientação
Profa Dra Silvana Gonçalves Brito de Arruda
Título para o(s) Autor(es)
Bacharel em Nutrição
Instituição
UFPE | Núcleo de Nutrição
Ano de Publicação
Resumo
O pequizeiro é uma planta típica do cerrado brasileiro, pertencente à família Caryocaraceae. É considerada uma espécie de elevada importância econômica, uma vez que há variadas formas de seu consumo, atendendo aos setores alimentícios, medicinal e a indústria cosmética. Um de seus subprodutos mais utilizados é o óleo de pequi, que pode ser extraído da amêndoa ou polpa do fruto. Como componentes de maior relevância presentes neste óleo, podem-se citar os ácidos graxos oléico, palmítico, linoleico, além de carotenoides. Algumas propriedades antimicrobianas de substâncias e óleos que as plantas apresentam como metabólitos secundários vêm sendo reconhecidas popularmente há séculos, porém estão sendo confirmadas cientificamente há pouco tempo. Dessa forma, objetivou-se neste trabalho avaliar a atividade antibacteriana do óleo de pequi (Caryocar sp.). Os frutos (Caryocar sp.) adquiridos foram provenientes do município de Jardim Ceará, no estado do Ceará. A extração do óleo de pequi ocorreu no laboratório de Técnica Dietética, no Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da Universidade Federal de Pernambuco em Janeiro de 2016. O método de extração se deu por meio artesanal através da cocção da polpa dos frutos por 40 minutos. O óleo comercializado foi proveniente da feira livre do município de Gravatá, interior do Estado de Pernambuco. Os óleos foram diluídos utilizando os solventes Cremofor e Dimetilsulfóxido (DMSO) a 50%. A atividade antibacteriana foi analisada pelo método de difusão em disco e os microrganismos utilizados nas análises foram Staphylococcus aureus e Escherichia coli. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi avaliada pela microdiluição em caldo utilizando as mesmas cepas. O óleo de pequi extraído artesanalmente apresentou ao fim do método de extração uma temperatura de 106ºC e após a filtração obteve-se 15 ml de óleo bruto da polpa de pequi. Os ensaios antibacterianos in vitro realizados pelo teste de difusão em disco mostraram que os óleos de pequi não apresentaram formação de halos de inibição bacteriana significantes para as cepas, apresentando-se desta forma as amostras bacterianas resistentes aos óleos de pequi comercializado e extraído. No teste de microdiluição, os resultados alcançados confirmaram que o óleo extraído em laboratório artesanalmente e o óleo de pequi comercial não apresentaram inibição bacteriana para as cepas testadas. O óleo de pequi foi extraído com êxito pelo método artesanal, além disso, este e o óleo de pequi comercial não apresentaram atividade antibacteriana frente às cepas testadas. Novos estudos que abordam esta temática são necessários, além de outros testes utilizando diferentes métodos de extração e espécies.
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