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UFRN: seminário avalia culturas alimentares no combate à fome
Pensar a dimensão social, cultural e política da comida, da alimentação e dos sistemas alimentares dos povos tradicionais. Essa é a proposta do Seminário Internacional promovido pelo Departamento de Antropologia (DAN) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), unidade vinculada ao Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA/UFRN). A ação reúne, entre os dias 29 de fevereiro e 2 de março, pesquisadores brasileiros, franceses, italianos e portugueses para discutir sobre culturas alimentares no combate à fome. As inscrições podem ser feitas pelo Sigaa, até o dia de abertura do evento.
O Seminário é voltado para alunos dos cursos de Ciências Sociais, Turismo, História, Geografia e Gastronomia – tanto da graduação quanto da pós-graduação, mestrado e doutorado. A programação acontece no CCHLA/UFRN e no Mercado da Agricultura Familiar, localizado em Lagoa Nova, Natal (RN), com o intuito de aproximar os pesquisadores, os consumidores e os produtores locais.
Coordenado pela professora Dra. Julie Antoinette Cavignac, vice-coordenadora do Departamento de Antropologia da UFRN, o seminário traz discussões acadêmicas que envolvem comunidades tradicionais e reflexões acerca da importância da transmissão dos saberes que envolvem produção e consumo de alimentos.
Palestras, mesa-redonda, grupos de trabalho e rodas de conversas fazem parte da programação. O objetivo é discutir acerca da revalorização dos saberes locais relativos aos usos tradicionais dos territórios, que se torna necessário para a preservação dos biomas em parceria com os agentes culturais. Entre as discussões, serão propostas ações de inclusão e valorização culturais para serem realizadas em comunidades excluídas historicamente, como quilombos e aldeias indígenas.
A Dra. Julie destacou a importância da realização do evento. “A ideia é agrupar professores, pesquisadores nacionais e internacionais para pensar sobre a questão da importância das culturas alimentares no combate à fome”, explicou a pesquisadora. A professora afirma ainda que, a cultura alimentar tradicional é o caminho para o combate à desigualdade, à fome e ao desequilíbrio ambiental.
“Sabemos, pelos estudos que já existem, que as alimentações, os produtos locais, são adaptáveis aos biomas e à cultura. É a cultura que vai determinar quais são os produtos que são nutritivos, porque é uma coisa secular. Essa é a solução para combater a fome, para combater as desigualdades e assegurar uma alimentação saudável para todos”, ressaltou a professora.
Além dos convidados, participam do seminário especialistas de várias áreas e de diferentes instituições brasileiras, trazendo a participação ativa de jovens pesquisadores e dos alunos das pós-graduações no Brasil, na França, na Itália e na Espanha. Durante a programação do seminário, serão abertas duas sessões para Grupos de Trabalho (GT), que acontecerão online, via Google Meet, direcionadas aos alunos de mestrado e doutorado. Nesses grupos, serão discutidos temas relacionados a políticas públicas de combate à fome e sobre a cultura dos povos tradicionais.
Acesse a notícia completa na página da UFRN.
Fonte: Sammara Bezerra, UFRN.
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