Destaque

Simpósio USP: Políticas públicas para o combate à fome – Simpósio é gratuito, on-line e aberto

Fonte

Jornal da USP

Data

terça-feira, 11 maio 2021 10:40

Uma das mais graves consequências da pandemia de covid-19 é a fome. No Brasil, estima-se que esse problema afete pelo menos 19 milhões de pessoas e que 55% das residências tenham algum aspecto de insegurança alimentar. Ações assistenciais são necessárias com urgência, mas é preciso pensar em políticas públicas efetivas para combater a situação a longo prazo. Por isso, a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP, com apoio do Instituto de Estudos Avançados (IEA), também da USP, vai promover nesta quarta-feira, dia 12, das 9 às 13 horas, o simpósio Políticas Públicas para o Combate à Fome. O encontro é gratuito e aberto a todos os interessados, com transmissão pelo Youtube.

O debate vai reunir pesquisadores atuantes no assunto para troca de experiências e apresentação de projetos em andamento nas áreas de saúde pública, agricultura sustentável, engenharia de alimentos, engenharia ambiental e ciências sociais. O objetivo é contribuir para a elaboração de ações efetivas e duradouras no combate à desnutrição e à fome no País. A iniciativa está relacionada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Segundo a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, professora Dra.Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado, o evento é uma forma de a USP se posicionar frente à situação que o País está vivendo em função da pandemia. Com o desemprego em alta, uma das consequências mais graves é justamente a fome. “Entre os assuntos sanitários e de saúde, esse é um desafio social muito grande. Não é apenas um aspecto social, mas acima de tudo humanitário”, afirma a professora. O simpósio vai trazer, segundo ela, vários estudos que fomentam políticas ou que poderiam auxiliar os gestores públicos a estabelecer políticas que possam ser aplicadas no intuito de combater a fome. “Vamos juntos pensar realmente o que nós, como uspianos e como cidadãos, podemos fazer para combater a fome na nossa sociedade.”

A professora comenta que os assuntos a serem discutidos no simpósio estão interligados. Uma discussão importante, segundo ela, é a vinda de pessoas do campo para as cidades, causando a superlotação e problemas inerentes a essa situação. Ela dá como exemplo comunidades onde de 10 a 15 pessoas moram num espaço de 15 metros, o que não deveria acontecer, ainda mais em uma situação de pandemia. “É preciso estimular a cultura familiar, sobretudo no interior”, aponta. Outra questão a ser abordada no evento é a sustentabilidade, incluindo a geração de lixo, seja ele orgânico ou não orgânico. “É preciso pensar não só na sustentabilidade ambiental, mas também nas pessoas que vivem da reciclagem.”

A questão da fome é um problema crucial, não só no Brasil

Para a pró-reitora adjunta de Cultura e Extensão Universitária, professora Dra. Margarida Maria Krohling Kunsch, coordenadora do simpósio, a proposta é trazer para o grande debate nacional toda essa problemática. Segundo ela, a questão da fome é um problema crucial não só no Brasil, mas em outros países subdesenvolvidos. “Sabemos que uma parcela grande da população vive em extrema pobreza, sem ter o que comer”, diz. E continua: “Essa é uma questão muito comentada e, em parte, assistida por lideranças da sociedade civil e movimentos sociais, no sentido de resolver o problema imediato da fome, em uma perspectiva assistencialista”. O simpósio promovido pela USP, informa a coordenadora, tem como principal objetivo reunir grandes especialistas de diversas unidades e áreas de conhecimento que estão trabalhando com o tema e, a partir dos debates, contribuir para o estabelecimento de políticas públicas.

O simpósio será formado por dois painéis. O primeiro, às 9h30, Produtividade Agrícola, Segurança Alimentar, Desnutrição e Políticas Públicas de Inclusão Social, terá a participação de três pesquisadoras: Dra. Maria Elisa de Paula Eduardo Garavello, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, que possui estudos em comunidades tradicionais ou locais (quilombolas, ribeirinhos, assentados e sociedades indígenas), com ênfase na segurança e soberania alimentar, sustentabilidade e autonomia; Dra. Tereza Campello, economista e professora visitante da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, primeira titular da Cátedra Josué de Castro sobre Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis da FSP e ministra do Desenvolvimento Social entre 2011 e 2016, com ampla experiência em programas de combate à fome e à pobreza; e a Dra.Maria Sylvia Macchione Saes, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, coordenadora do Núcleo de Pesquisa da USP Center for Organization Studies (Cors), com estudos sobre cadeias produtivas com base na biodiversidade para geração de emprego e renda nos Estados do Amazonas e São Paulo e sobre alimentos orgânicos. O mediador e debatedor será o professor Dr. Eduardo Cesar Leão Marques, docente do Departamento de Ciências Políticas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e diretor do Centro de Estudos da Metrópole (CEM).

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Claudia Costa, Jornal da USP.

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