Destaque

Pesquisa da UEG vai estudar cagaiteiras e gabirobeiras do cerrado

Fonte

UEG | Universidade Estadual de Goiás

Data

quarta-feira, 21 fevereiro 2024 10:05

Promover a conservação de cagaiteiras e gabirobeiras no Vale do São Patrício, em Goiás, e contribuir com a geração de renda de agricultores familiares e famílias assentadas na região são objetivos do projeto “Condefé tem cagaita e gabiroba no cerrado”, proposto por pesquisadores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) na Chamada Pública 02/2023 – Produtos e Serviços da Natureza: Soluções para Fortalecer as Cadeias da Sociobiodiversidade, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), em parceria com a Fundação Grupo Boticário.

A execução da proposta terá um custo total de R$ 150 mil. O projeto teve início em janeiro deste ano e se estenderá até dezembro de 2025. Segundo a Dra. Joelma de Paula coordenadora do Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de Produtos da Biodiversidade da UEG e líder da proposta de solução, cagaiteiras e gabirobeiras são frutíferas nativas do Cerrado, cujos frutos são apreciados para consumo in natura por terem sabor adocicado e bem peculiar. “Em muitas regiões do Cerrado essas espécies são impactadas por práticas de manejo de pastagem ainda muito utilizadas na agricultura familiar, como roçagem e queimadas”, revelou a coordenadora.

A pesquisadora diz que as polpas dos frutos dessas espécies já são exploradas especialmente por empresas regionais e nacionais para produção de picolés, sorvetes e doces. “Mas, por serem bastante perecíveis, especialmente a cagaita, há pouca comercialização dos frutos frescos, principalmente em feiras. Há grande potencial econômico em torno desses produtos nativos, já que podem ser encontradas até 160 plantas em um hectare e, embora frutifique em apenas dois meses do ano, uma cagaiteira pode produzir de 500 a 2.000 frutos”, salientou a coordenadora.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Agricultura de Goianésia, no Vale do São Patrício, há assentamentos rurais, como Presente de Deus, com 138 famílias, e Itajá, com 18 famílias, que participam de cooperativas nessa região. “Nossa solução visa engajar essas famílias como agentes de conservação de cagaiteiras e gabirobeiras no Vale do São Patrício e contribuir com a geração de renda delas, promovendo modelos de economia criativa e circular”, prevê.

A proposta prevê que os resultados dos estudos retornarão para as famílias por meio de encontros, rodas de conversas, capacitações, utilizando cartilhas e outros materiais produzidos ao longo do projeto. “Espera-se assim estimular a visão socioambiental nas comunidades do Vale do São Patrício sobre a conservação e a preservação dessas e de outras espécies do cerrado e estimular a cadeia dos frutos da cagaita e da gabiroba”, diz a líder do projeto. O projeto ainda pretende promover nas comunidades a economia criativa e circular, que viabilizará a sustentação financeira da proposta. “Isso se dará por meio de educação botânica, ecológica, científica e financeira; valorização das lideranças locais para que sejam incentivadoras e multiplicadoras das famílias; desenvolvimento de um pacto local para construção de uma identidade coletiva, que ajudará na percepção do valor e qualidade dos produtos por empresas interessadas; e fortalecimento do cooperativismo já existente. Além disso, as famílias, por meio das cooperativas, poderão buscar fomentos juntos a entidades públicas e privadas”, salientou a Dra. Joelma.

Acesse a notícia completa na página da UEG.

Fonte: Dirceu Pinheiro, UEG.

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