Destaque
IFSC: especialistas discutem sobre gastronomia e sustentabilidade
Fonte
IFSC | Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
Data
quinta-feira, 20 junho 2019 10:45
O 18 de junho é, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o dia da Gastronomia Sustentável. E para a data não passar em branco, o Núcleo de Estudos em Gastronomia (NEG) e a 5ª fase do curso Superior de Tecnologia em Gastronomia do Campus Florianópolis-Continente, promoveram o evento Gastronomia e Sustentabilidade: um ciclo que se autoalimenta.
Com o intuito de celebrar a data e lembrar a importância da gastronomia sustentável como uma prática que contribui com a valorização da produção local, da agroecologia e com a conservação da biodiversidade, especialistas discutiram o assunto com alunos, pesquisadores, empresários e demais interessados no tema.
Segundo o professor de Agroecologia do Câmpus Lages, Dr. Roberto Komatsu, a sustentabilidade tem atuado como resgate, seja do pequeno produtor, da agricultura familiar, da mulher, favorecendo ainda a inclusão. Para ele, há estágios da cadeia produtiva: antes da porteira (da propriedade), onde ocorrem pesquisas e trabalhos de extensão, cultivo, colheita e processamento; e o depois da porteira, que abrange o mercado, seja ela a indústria, a gastronomia e o consumidor.
Para Renato Farias, do Quintal di Catarina, responsável por produtos regionais artesanais sustentáveis da Serra Catarinense, seu objetivo é buscar parceiros para melhorar e qualificar a cadeira produtiva, visando a sustentabilidade, e consequentemente, criar a economia. “A gastronomia une”, destaca ele, relatando que o Quintal di Catarina reúne cerca de 20 famílias em torno da produção de alimentos.
Joana Câmara também compôs o grupo de palestrantes do evento e é proprietária do primeiro restaurante Lixo Zero do Brasil, o Origem Natural”, especializado em menu vegetariano, e que produz apenas 95 de rejeitos. Para Joana, é preciso diminuir a competição entre os estabelecimentos e aumentar a cooperação, a fim de incrementar a cadeia produtiva de todos. “Temos que ser protagonistas do mundo que queremos”, diz ela, que apresentou números alarmantes quanto ao futuro no que se refere a lixo e seu impacto na natureza. “Segundo dados de 2017, cada brasileiro produz 1,4 Kg de lixo por dia, o que resulta em 520 quilos/ano”, apresentou Joana. Para ela, sustentabilidade, educação e responsabilidade social andam juntas.
Para Fabiano Gregório, do Bijajica, e integrante do Slow Food, cujo princípio básico é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores, o alimento deve ser bom (sabor), limpo (sem produção de lixo) e justo (no que se refere ao preço ao produtor). Ele divulgou entre outros projetos o Disco Xepa, que consiste em uma ação contra o desperdício alimentar. “Coletamos produtos descartados nas feiras e produzimos uma sopa, que reúne jovens preocupados com o desperdício. Tudo isso regado a muita música.
Fabiano Gregório destacou ainda o resgate de receitas antigas e o papel de incubadora para vivências a inovações gastronômicas da Bijajica. Atualmente, eles desenvolvem também a Cozinha Mãe, que capacita moradores de comunidades menos favorecidas para que com a gastronomia obtenham incremento de renda.
Acesse a notícia completa na página do IFSC.
Fonte: Graziela Braga, IFSC. Imagem: Divulgação, IFSC.
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