Destaque

Estudo da UC avalia presença de vírus e bactérias em macroalgas e halófitas da costa continental portuguesa

Fonte

UC | Universidade de Coimbra

Data

quinta-feira, 13 junho 2024 15:55

Uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a Faculdade de Farmácia da UC (FFUC), avaliou a presença de vírus e bactérias em macroalgas e halófitas da costa continental portuguesa, dada a crescente associação destes produtos a novas tendências gastronômicas saudáveis.

Reconhecendo o interesse pela sua inclusão em receitas culinárias como alimentos não processados, e de modo a avaliar possíveis efeitos adversos devido ao seu consumo em Portugal, foi publicado um estudo na revista científica Food Control que avaliou a presença de Norovírus e Salmonella, agentes patogênicos responsáveis por infeções graves e com possível transmissão através da ingestão de alimentos contaminados, em cerca de 50 amostras recolhidas desde Vila do Conde até Cascais.

«Este estudo mostrou a grande qualidade das águas costeiras portuguesas no que diz respeito à presença de Norovírus e Salmonella em macroalgas. No entanto, a bactéria Salmonella foi detectada numa halófita recolhida numa das praias amostradas, o que realça a importância da população não apanhar espécimes em meio natural para uso culinário», destacou a Dra. Elsa Teresa Rodrigues, pesquisadora do Departamento de Ciências da Vida (DCV) e do Centro de Ecologia Funcional (CFE), e coordenadora deste estudo.

De acordo com esta pesquisa, as informações sobre os potenciais perigos microbiológicos em macroalgas e halófitas comestíveis são escassas, e os métodos normalizados para detecção de Norovírus em vegetais não foram ainda validados para este tipo de produtos alimentares.

Assim, explica a pesquisadora, «o método normalizado internacionalmente NF EN ISO 15216-2 foi aplicado em 57 amostras, tendo sido validado para 72% das amostras. Os resultados mostram que o método é adequado para macroalgas verdes e vermelhas, bem como para halófitas, mas que tem de ser otimizado para macroalgas castanhas. A presença de Salmonella foi ainda avaliada em 46 amostras usando o método internacional ISO/FDIS 6579, e foi detectada numa halófita», concluiu a pesquisadora.

Em 2020, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) reconheceu o possível impacto negativo das alterações climáticas na qualidade dos produtos usados para consumo humano, nomeadamente na magnitude de algumas doenças com origem alimentar, incluindo as causadas por Norovírus e a Salmonella.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Coimbra.

Fonte: Sara Machado, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

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