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CRN-3: Volta às aulas – dos alimentos ao lanche
Jeanice de Azevedo Aguiar, nutricionista, mestre em ciências da saúde e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região, dá algumas dicas sobre alimentos e lanches na volta às aulas:
“O ano letivo começou na maioria das escolas. Esteja o aluno na escola pública, conveniada ou particular, uma das preocupações dos pais e responsáveis por ele, é com as refeições que consome no ambiente escolar.
Na escola de educação básica, independente do seu vínculo administrativo, é indispensável a presença do nutricionista para orientar a operacionalização das refeições dos alunos nos seus diversos aspectos. É imprescindível que os responsáveis pelos alunos procurarem informações sobre a alimentação dos alunos nas escolas.
Geralmente tratada como “alimentação escolar”, ou “lanche escolar” ou ainda, “merenda escolar”, essa refeição requer cuidados tanto quanto às demais, tais como: fornecer alimentos contendo nutrientes essenciais ao crescimento e desenvolvimento dos alunos, e adequada às suas condições de saúde, em proporção ao tempo de permanência do aluno na escola, ao tipo de recipiente utilizado para transportar os alimentos, aos cuidados higiênicos sanitários é tão importante quanto aos próprios alimentos e a alimentação. A atenção à hidratação também.
De forma geral, os principais cuidados são:
1. Oferta de alimentos contendo nutrientes essenciais ao crescimento e desenvolvimento dos alunos: os alimentos in natura e variados devem ser à base da refeição consumida pelo aluno na escola, conforme as práticas alimentares locais e da familiar. Evitar tanto quanto possível, a presença de alimentos com açúcar adicionado, e ricos em óleos e gordura e sal favorece a alimentação adequada e saudável;
2. Adequação às condições de saúde: pode haver interferência negativa dos alimentos à saúde das pessoas e dos alunos também. As intolerâncias, as alergias, os transtornos do desenvolvimento e do organismo, podem necessitar de atenção específica na alimentação, com orientação de nutricionista, após diagnóstico médico;
3. Proporção adequada dos alimentos ao tempo de permanência do aluno na escola: deve estar adequada aos horários de consumo do lanche na escola, bem como ao tempo que o alunos permanece na escola e qual é a organização da escola: um, dois, três ou mais lanches?
4. Utensílio utilizado para transportar os alimentos: deve estar limpo, com possibilidade de fechamento seguro, sem causar vazamento, que mantenha tanto quanto possível, a temperatura do alimento quando requerer baixas temperaturas, possibilitando aquecimento de forma segura, quando necessário. É pertinente que os alimentos como frutas inteiras ou secas, pães com recheio, bolos estejam em embalagem separada dos alimentos como as frutas picadas, sucos favorecendo o consumo na condição aceita pelo aluno;
5. Os cuidados higiênicos sanitários são necessários por quem prepara e organiza os lanches, na sua forma e condição de transporte, quanto pelo aluno. Há alimentos e preparações que devem permanecer em refrigeração ou em temperatura alta (quente), mas se preparados rapidamente e colocados para transporte em recipiente térmico, favorecerá o seu consumo pelo aluno até o intervalo, em temperatura segura. A presença de barras ou bolsas térmicas ou ainda em gel, favorece a manutenção da temperatura fria ou quente no máximo até o momento do intervalo. Quem prepara os lanches do aluno precisar ter atenção aos prazos de validade dos alimentos. O aluno precisa ter orientação para higienizar suas mãos antes de consumir suas refeições, inclusive seus lanches na escola.
6. Consumo regular de água: fundamental à vida, auxilia na hidratação, na utilização adequada dos nutrientes, na manutenção da temperatura corporal adequada, em estado adequado de saúde favorece também o bom funcionamento do organismo em geral.
O bem-estar e a aprendizagem do aluno dependem em grande parte da alimentação adequada e saudável, por isso, atenção a essa questão.”
Acesse a notícia na página do CRN-3.
Fonte: Jeanice de Azevedo Aguiar, CRN-3.
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