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Alimentação das crianças pequenas não melhorou na última década e “pode piorar”, alerta UNICEF

Fonte

Nações Unidas Brasil

Data

sexta-feira, 24 setembro 2021 08:45

  • Em tempo da Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU, o UNICEF publicou um relatório que mostra como o aumento da pobreza, da desigualdade, dos conflitos, dos desastres relacionados ao clima e das emergências de saúde contribuem para a crise nutricional.
  • O documento revela que crianças com menos de 2 anos de idade não estão recebendo os alimentos ou nutrientes de que precisam para se desenvolver e crescer bem, levando a danos irreversíveis no desenvolvimento.
  • Essa é a idade mais vulnerável ​​a todas as formas de desnutrição, incluindo atrofia, definhamento, deficiência de micronutrientes, sobrepeso e obesidade, alertou a agência da ONU.
  • Globalmente, mais da metade das crianças menores de 5 anos com desgaste muscular têm menos de 2 anos de idade. Isso equivale a cerca de 23 milhões de crianças.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelou que houve poucos sinais de melhora nas dietas das crianças mais novas do mundo nos últimos dez anos. De acordo com o novo relatório “Alimentados para Falhar? A crise das dietas das crianças no início da vida”, o aumento da pobreza, da desigualdade, dos conflitos, dos desastres relacionados ao clima e das emergências de saúde contribuem para a crise nutricional. O documento foi divulgado pouco antes da Cúpula dos Sistemas Alimentares da ONU, que acontece esta semana.

Padrões alimentares fracos – Em uma análise de 91 países, o relatório descobriu que apenas metade das crianças de 6 a 23 meses estão recebendo o número mínimo recomendado de refeições por dia, enquanto apenas um terço consome o número mínimo de grupos de alimentos de que precisam para prosperar.

As crianças que vivem em áreas rurais ou de famílias mais pobres também têm uma probabilidade significativamente maior de serem alimentadas com dietas pobres, em comparação com outros países urbanos ou mais ricos. Uma análise mais aprofundada de 50 países revelou que esses padrões de alimentação inadequados persistiram ao longo da última década.

Refeições nutritivas reduzidas – O relatório também descobriu que a pandemia da COVID-19 está afetando a forma como as famílias alimentam seus filhos.

Por exemplo, metade das famílias em Jacarta, Indonésia, foram forçadas a reduzir as compras de alimentos nutritivos, de acordo com uma pesquisa realizada entre domicílios urbanos na cidade. Como resultado, a porcentagem de crianças que consumiram o número mínimo recomendado de grupos de alimentos caiu em um terço em 2020, em comparação com 2018.

Cicatrizes – De acordo com o UNICEF, dietas pobres podem causar marcas nas crianças para o resto da vida. Uma ingestão insuficiente de nutrientes encontrados em vegetais, frutas, ovos, peixe e carne em uma idade precoce coloca as crianças em risco de desenvolvimento deficiente do cérebro, aprendizado fraco, baixa imunidade, aumento de infecções e, potencialmente, morte.

Crianças menores de dois anos são mais vulneráveis ​​a todas as formas de desnutrição, incluindo atrofia, definhamento, deficiência de micronutrientes, sobrepeso e obesidade, alertou a agência da ONU.

Indicadores da fome – O UNICEF estimou que, globalmente, mais da metade das crianças menores de 5 anos com desgaste muscular têm menos de 2 anos de idade. Isso equivale a cerca de 23 milhões de crianças. A prevalência de atraso no crescimento aumenta rapidamente entre os 6 meses e os 2 anos, uma vez que as dietas das crianças não conseguem acompanhar as suas crescentes necessidades nutricionais.

De acordo com o relatório, crianças de 6 a 23 meses que vivem em áreas rurais ou de famílias mais pobres têm uma probabilidade significativamente maior de serem alimentadas com dietas pobres em comparação com países urbanos ou mais ricos. Em 2020, por exemplo, a proporção de crianças alimentadas com o número mínimo de grupos de alimentos recomendados era duas vezes maior nas áreas urbanas (39%) do que nas áreas rurais (23%), revelaram os resultados.

Investimento – O relatório enfatizou que o progresso em todas as regiões é possível com investimento. Ele descobriu que na América Latina e no Caribe quase dois terços (62%) das crianças com menos de 24 meses são alimentados com uma dieta minimamente diversa, enquanto na África Oriental e Austral (24%), na África Ocidental e Central (21%) e no Sul da Ásia (19%), menos de uma em cada quatro crianças estão sendo alimentadas com uma dieta minimamente diversa.

Para fornecer dietas nutritivas, seguras e acessíveis a todas as crianças, o relatório recomenda várias ações importantes.

Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.

Fonte: Nações Unidas Brasil.

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