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Fonte
FoRC - USP
Data
3 julho 2018
Algumas das conclusões do I Simpósio Internacional Compostos Bioativos de Citrus e Benefícios à Saúde, realizado em São Paulo, nos dias 22 e 23 de março de 2018:
- há fortes evidências dos efeitos benéficos do suco de laranja à saúde, além de ser fonte em vitamina C e fibras
- entre os compostos bioativos presentes no suco, destaca-se o papel das flavanonas, uma das classes de flavonoides, como um dos principais responsáveis por esta ação
O evento, organizado pelo Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC – Food Research Center) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com apoio da Fundecitrus, CitrusBR e ILSI Brasil, reuniu pesquisadores, profissionais da área de saúde, e a indústria do setor citrícola sobre um único tema: a laranja. Na pauta das discussões, estudos que tentam delinear o efeito dos polifenóis do suco na saúde humana e os mecanismos pelos quais eles atuam.
“A laranja e os sucos puros são ricos em polifenóis – como as flavanonas- , e outros bioativos como os terpenoides e carotenoides. Em um copo de suco de 250 mL encontramos aproximadamente 25 a 60 mg de flavanonas”, afirmou o Dr. Francisco Tomás Barberán, do Centro de Edafología y Biología Aplicada del Segura (Espanha).
“Descobertas recentes revelaram que os compostos fenólicos podem modular algumas vias de sinalização celular que modulam a expressão de genes que regulam, por exemplo, a resposta inflamatória’, comenta o Professor Marcelo Macedo Rogero da Faculdade de Saúde Pública da USP. Compostos fenólicos como a flavanona e a hesperidina apresentaram atividade antioxidante e anti-inflamatória tanto em modelos de estudo in vitro como in vivo, indicando o papel benéfico desses compostos na redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis.
“Temos evidências do efeito benéfico das flavanonas na saúde, mas é muito difícil demonstrá-las”, diz Barberán. Essa dificuldade tem diversas causas. “Primeiro, cada indivíduo responde de uma maneira à ingestão de bioativos. Fizemos estudos sobre a absorção desses compostos e notamos que diferentes voluntários têm padrões muito diferentes de absorção. Isso pode estar relacionado a variáveis como gênero, idade e estado de saúde”, explicou Barberán.
Fonte: Forc, USP | Centro de Pesquisa em Alimentos, Universidade de São Paulo