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Ciafa debate importância dos alimentos funcionais e seus valores para a bioeconomia na Amazônia
Cerca de 370 pessoas participaram do I Congresso Internacional de Alimentos Funcionais da Amazônia (Ciafa), sob o tema “Nutrir o Mundo e Preservar a Floresta”, os participantes tiveram a oportunidade de assistir palestras e apresentações de trabalhos e pesquisas desenvolvidas por pesquisadores e alunos da pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI). O evento contou com a presença de importantes personalidades que realizam pesquisas sobre alimentos funcionais e resíduos.
Na mesa de abertura estiveram presentes o diretor do Inpa, professor Dr. Henrique Pereira, a pesquisadora do Inpa e coordenadora do Ciafa, Dra. Francisca Souza e representantes do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Na oportunidade o Dr. Henrique Pereira destacou a importância do INPA para o Congresso, uma vez que o Instituto realiza pesquisas na área da essência dos alimentos e desenvolvimento tecnológico.
“Falar sobre alimentos funcionais, envolve a discussão sobre bioeconomia, da indústria de alimentos, então a gente também pensar em toda uma cadeia produtiva, começando lá com a produção desses alimentos, pela agricultura familiar ou agricultura não familiar, todo o processo de industrial, de transformação dessas matérias-primas, e algo que o evento se dedicou com maior atenção, que é o nexo causal, a relação entre alimentação e saúde”, frisou o professor.
Além da discussão sobre os alimentos funcionais que trazem benefícios para a saúde das pessoas, o evento serviu para abordar a importância e a necessidade do aproveitamento dos resíduos de alimentos, como casca de frutas e sobras do peixe não utilizados na cozinha, o que pode vir a gerar uma produção de alimentos mais sustentável, com a redução de resíduos e da contaminação ambiental.
A Dra. Francisca Souza, líder do grupo alimentos, apresentou alguns produtos como resultados das pesquisas que vêm sendo desenvolvidas no Laboratório de Análises Funcionais e Química de Alimentos (LFQA/ INPA), que tem como coordenador o pesquisador Jaime Aguiar. Entre eles a farinha e o néctar de camu camu, que comprovaram uma qualidade de vida no controle de doenças como a glicemia, diabetes e obesidade. A Dra. Souza falou, ainda, que utilizou resíduos de espinhaço, pele com escamas e até o fígado de peixe para a produção de uma farinha capaz de enriquecer diferentes alimentos, um dos seus primeiros trabalhos de destaque como pesquisadora do INPA.
“Nós testamos o resíduo dos peixes, a guelra e o fígado e convertemos em farinha e esse resíduo pode ser utilizado para suplementação de ferro, substituindo a farinha tradicional nas refeições. Além disso, conseguimos realizar testes iniciais e chegamos a uma sopa escalonada para militares, que teve boa aceitação”, explicou a pesquisadora.
A pesquisadora apresentou ainda o cereal feito a partir da farinha integral da pupunha que em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Todos os produtos não contém aditivos, uma vez que buscamos aumentar seu valor funcional. Este é o foco: oferecer produtos funcionais, que podem até reduzir o tempo de vida útil da prateleira, mas oferecer saúde para o público”, completa.
Acesse a notícia completa na página do INPA.
Fonte: INPA.
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