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Professora da UFU realiza pesquisa sobre substâncias tóxicas no leite
O projeto “Detecção de resíduos do carrapaticida alfacipermetrina e de furfural em leite in natura e derivados lácteos: aplicação de uma abordagem eletroanalítica”, orientado pela professora Dra. Djenaine de Souza, foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), no edital ‘Ciência por Elas: Fomento à participação feminina na ciência, inovação e colaboração internacional‘. A pesquisa terá duração de 36 meses e conta com três alunos de mestrado e um de iniciação científica, todos estudantes do Campus Patos de Minas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O projeto vai receber o suporte financeiro no valor de R$ 87.344,00.
Com base no controle de qualidade e priorizando os produtores de menor porte, a Dra. Souza busca detectar a presença do carrapaticida e do furfural no leite in natura, que seria seu estado puro, para assim descartar lotes iniciais do produto que contenham doses excessivas dessas substâncias.
O carrapaticida alfacipermetrina é um tipo de pesticida que é borrifado no couro das vacas para evitar que carrapatos e moscas infectem o gado por meio de picadas que causam lesões na pele do animal. Já o furfural é um subproduto gerado quando alguns tipos de açúcar são aquecidos a altas temperaturas, e que pode também ser obtido durante a produção de alguns produtos lácteos, tais como queijos e doces de leite.
Tanto o carrapaticida quanto o furfural, se ingeridos em menor quantidade, não são nocivos à saúde. Por outro lado, a coordenadora do projeto ressalta que o perigo está, a longo prazo, no consumo contínuo desse leite pela população. Isto porque essas substâncias são contaminantes e, caso se acumulem no organismo humano, podem causar danos gástricos, neurológicos e até resultar em alguns tipos de câncer.
Considerado objetivo, efetivo e com custo mais acessível, o método utilizado na pesquisa, eletroanalítico, mede uma propriedade elétrica (como corrente, condução, resistência e condutividade) e oferece respostas para análise da quantidade de cada contaminante que pode estar presente no leite e derivados lácteos. A abordagem também é mais fácil e operacional, com a possibilidade de ser usada por um pesquisador que pode levar o equipamento na linha de produção, e conseguir analisar diretamente na amostra de leite, por exemplo, sem precisar eliminar toda sua gordura e proteína, diferentemente de outros métodos, como o cromatográfico.
Acesse a notícia completa na página da UFU.
Fonte: Diélen Borges e Leíse Alves, Portal comunica UFU com informações da Assessoria de Comunicação da Fapemig.
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