Notícia

Artigo voltado a crianças e adolescentes explica como probióticos podem melhorar a saúde óssea

Algumas substâncias produzidas pelas células de defesa podem aumentar o número e a atividade dos osteoclastos e os probióticos podem ajustar esse tipo de reação imunológica desequilibrada, protegendo os ossos

Freepik com adaptações

Fonte

Agência FAPESP

Data

segunda-feira, 8 janeiro 2024 11:10

Áreas

Ciência e Tecnologia de Alimentos. Engenharia de Alimentos. Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Materno Infantil. Saúde Pública

A revista on-line Frontiers for Young Minds, publicação científica com textos acessíveis ao público infantojuvenil, divulgou artigo explicando como os probióticos podem melhorar a saúde óssea.

Intitulado “How Can Good Bacteria Improve Bone Health?”, o artigo teve coautoria de Luisa Souza Battistelli, bolsista da FAPESP.

No texto, os autores observam que há vários tratamentos atualmente disponíveis para melhorar a saúde óssea, mas alguns causam efeitos colaterais desagradáveis. Isso leva a procura de terapias alternativas para osteoporose e perda óssea, como o uso de probióticos, que podem ser bactérias benéficas para o organismo inseridas em alimentos, como os iogurtes.

Apesar de não haver uma explicação definitiva de como o probiótico atua no organismo, uma das hipóteses é apontada no artigo: “Envolve o sistema imunológico, que possui células e substâncias que defendem o corpo contra invasores perigosos. Às vezes, porém, o sistema imune pode estar um pouco ativo demais, causando problemas. Algumas substâncias produzidas pelas células de defesa podem aumentar o número e a atividade dos osteoclastos [células ósseas que digerem o tecido ósseo]”, explicaram os autores. “Portanto, se o sistema imunológico estiver muito ativo por muito tempo, muitos ossos podem ser quebrados. Os probióticos podem ajustar esse tipo de reação imunológica desequilibrada, restabelecendo-a em um nível normal, o que pode diminuir a atividade excessiva dos osteoclastos, protegendo os ossos.”

O artigo também pontua que “os probióticos podem reduzir a permeabilidade intestinal, diminuir a hiperativação do sistema imunológico que pode levar à perda óssea e aumentar a absorção e produção de nutrientes”.

O tema abordado no texto está relacionado à pesquisa de iniciação científica realizada por Luisa Battistelli com apoio da FAPESP e orientação da Dra. Ana Lia Anbinder, professora do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), também autora do artigo. O estudo avalia os efeitos da bactéria Limosilactobacillus reuteri associada à vitamina K2 na proteção contra a perda óssea induzida por ovariectomia em camundongos fêmeas.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.

Fonte: Agência FAPESP.  Imagem: Freepik com adaptações.

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