Notícia
Maior evento de Meliponicultura da Amazônia fortalece a produção de mel na região
Evento reunirá meliponicultores, técnicos, pesquisadores, estudantes e a sociedade em geral e paralelo ao Icam, acontecerá a I Feira de Produtos e Equipamentos da Meliponicultura
Pixabay
Fonte
INPA | Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Data
quinta-feira, 15 setembro 2022 17:50
Áreas
Agronegócio. Apicultura. Zootecnia
A produção de mel a partir da criação de abelhas-sem-ferrão é uma atividade econômica em crescimento no Amazonas. Ligados a associações, hoje já são mais de mil produtores no Estado, que aliam geração de renda à conservação da Amazônia, onde são encontradas cerca de 120 espécies de abelhas-sem-ferrão. Uruçu-boca-de-renda (conhecida como Jandaíra) e a Jupará são as duas espécies mais comumente criadas no Amazonas.
Para fortalecer a atividade, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e parceiros realizam na próxima semana (21 a 23/set) o I Congresso Amazonense de Meliponicultura (ICAM), na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A abertura acontecerá na quarta-feira (21), às 15h30, no Auditório Eulálio Chaves. As 500 vagas abertas para o evento foram preenchidas, e novas vagas só se houver desistência.
A finalidade do evento é reunir, produzir e divulgar informações científicas e técnicas para o desenvolvimento da produção sustentável e economicamente viável de produtos oriundos da criação de abelhas-sem-ferrão, como mel, pólen e própolis.
Organizado em conjunto com a Embrapa, Ufam, Instituto Federal do Amazonas (Ifam) Zona Leste e a Associação dos Criadores de Abelhas do Amazonas (Acam), o evento reunirá meliponicultores, técnicos, pesquisadores, estudantes e a sociedade em geral. Paralelo ao Icam, acontecerá a I Feira de Produtos e Equipamentos da Meliponicultura, o II Simpósio sobre Meliponicultura na Amazônia e o IV Encontro de Criadores de Abelhas do Amazonas.
De acordo com a Coordenadora-geral do Congresso, a pesquisadora do Inpa Dra. Gislene Carvalho-Zilse, Meliponicultura é a criação de abelhas-sem-ferrão, sob manejo técnico, cujas colmeias ficam organizadas em meliponários, os criadouros de abelhas-sem-ferrão. Essas abelhas são assim chamadas por não se defenderem usando o ferrão, que neste grupo é atrofiado, não funcional.
“A Meliponicultura apresenta importância econômica, pois permite a produção de mel e pólen que são produtos de alto teor nutricional; de própolis, que tem propriedades antibióticas e bioativos terapêuticos, além das próprias colmeias que são usadas na polinização em geral. Todos com alto valor comercial”, destacou a Dra. Zilse, que é líder do Grupo de Pesquisas em Abelhas (GPA-Inpa).
Ainda segundo a pesquisadora, a atividade também apresenta importância social por motivar o associativismo, a troca de informações e de material genético entre meliponicultores. “Sua importância ambiental é primordial, uma vez que as abelhas são os principais polinizadores da flora nativa e cultivada”, ressaltou a pesquisadora.
Programação
O ICAM é o maior evento sobre Meliponicultura da região amazônica. Conta com 54 palestrantes e diversas atividades que envolvem palestras, painéis, feira de produtos, oficinas, apresentação de resumos e momentos gastronômicos e culturais, além de concursos: Mel de abelhas-sem-ferrão, Fotografias e Inventos para o manejo das abelhas.
No dia 22/09, o Inpa realizará a Oficina ‘Seleção de colônias como estratégia para aumento da produção’, sob supervisão da pesquisadora Dra. Gislene Carvalho-Zilse e da professora Dra. Ana Waldschmidt da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus Jequié/BA. A atividade vai apresentar os principais pontos e técnicas de manejo para a seleção de colmeias, trazendo instruções técnico-científicas visando o aumento de produção de mel ou de pólen ou de própolis em meliponários sob manejo.
No dia 23/09, será o Painel “Aspectos da diversidade genética de abelhas-sem-ferrão”, que terá a participação da Dra. Carvalho-Zilse, Dra. Ana Waldschmidt e da Dra. Flaviane Souza vinculada à Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Campus de Santo Antônio de Jesus/BA. Serão compartilhadas informações científicas sobre a importância da genética para o manejo das abelhas de maneira a manter a sua variabilidade genética, manter colmeias saudáveis e resistentes a viroses. “As abelhas-sem-ferrão constituem um grupo particular de abelhas sociais, ou seja, que vivem em colônias, e forma a Tribo Meliponini. No mundo já foram catalogadas cerca de 520 espécies, das quais 344 vivem no Brasil e quase 120 espécies no Amazonas”, contou a Dra. Zilse.
Durante o congresso, o técnico do Inpa da Coordenação da Biodiversidade (Cobio), Afonso Rabelo, será o convidado do momento gastronômico para compartilhar receitas que utilizam o mel das abelhas-sem-ferrão como ingrediente, a exemplo do guaraná (Paullinia cupana Kunth), cujo pó é muito utilizado em lanchonetes para a preparação de vários tipos de alimentos, entre eles, a mistura de guaraná com limão e mel.
Acesse a notícia completa na página do INPA.
Fonte: INPA. Imagem: Pixabay.
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