Notícia

Crianças são mais propensas a preferir alimentos que acreditam ser naturais a opções feitas pelo homem, segundo estudo

Fonte

Universidade de Edimburgo

Data

sexta-feira, 22 julho 2022 15:10

Áreas

Nutrição Materno Infantil. Psicologia

Pesquisadores dizem que a tendência dos adultos de preferir alimentos naturais está bem documentada. No entanto, as descobertas mais recentes descobriram que esse viés alimentar também existe no início e no meio da infância.

Pesquisadores das Universidades de Edimburgo e Yale estudaram as preferências de mais de 374 adultos e crianças nos Estados Unidos quando apresentados a maçãs e suco de laranja e contaram suas origens. O estudo foi publicado na revista científica Developmental Psychology.

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Em um estudo, 137 crianças de seis a 10 anos de idade viram três maçãs. Eles foram informados de que uma foi cultivada em uma fazenda, a outra foi feita em laboratório e a outra cultivada em uma árvore dentro de um laboratório.

A equipe usou questionários e modelos estatísticos para avaliar as preferências de maçã das crianças em termos de sabor percebido, segurança percebida e desejo de comer. Adultos participaram do mesmo estudo para comparar faixas etárias.

Tanto crianças quanto adultos preferiram maçãs que acreditavam serem cultivadas em fazendas do que aquelas cultivadas em laboratórios, descobriram os pesquisadores.

As crianças eram mais propensas a referir-se ao frescor, estar ao ar livre ou à luz do sol ao considerar por que escolheram a maçã da fazenda. Os adultos eram mais propensos a mencionar naturalidade.

Preferências alimentares

Em um segundo estudo, 85 crianças de cinco a sete anos e um grupo de 64 adultos viram quatro tipos diferentes de suco de laranja – um descrito como espremido em uma fazenda, um sem informações sobre isso, um com produtos químicos supostamente removidos e um descrito como tendo produtos químicos adicionados.

Os pesquisadores descobriram que as informações sobre a naturalidade do suco tiveram um efeito significativo em sua classificação. Os participantes gravitaram para a opção mais natural com base na percepção de sabor, segurança e desejo de consumir.

Ambos os estudos mostraram que a idade teve pouco efeito sobre o resultado, com crianças de cinco e dez anos respondendo de forma semelhante.

Os pesquisadores dizem que as descobertas sugerem que a crença de que os alimentos naturais são bons pode ser estabelecida aos cinco anos de idade – e possivelmente ainda mais jovem.

A Dra. Matti Wilks da  Faculdade de Filosofia, Psicologia e Ciências da Linguagem da Universidade de Edimburgo disse: “No geral, fornecemos evidências de que, pelo menos nos Estados Unidos, nossa tendência de preferir alimentos naturais está presente na infância. Esta pesquisa oferece um primeiro passo para entender como essas preferências são formadas, incluindo se elas são aprendidas socialmente e o que impulsiona nossa tendência a preferir coisas naturais”.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na Universidade de Edimburgo (em inglês).

Fonte: Universidade de Edimburgo. Imagem: Freepik.

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