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Estudo avalia possibilidades de embalagens mais sustentáveis na indústria alimentícia
Uma dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais da UFRGS desenvolveu espumas que podem substituir os modelos de isopor utilizados atualmente pela indústria alimentícia em embalagens. Esses modelos de isopor, chamados de EPS, têm vida útil curta, não são renováveis e em geral são descartados incorretamente, contribuindo para a poluição, já que sua degradação é demorada. O modelo elaborado na pesquisa, por sua vez, é feito a partir de fécula de mandioca, material renovável, biodegradável e amplamente disponível no Brasil.
A engenheira desenvolvedora da pesquisa, Camila Figueiró, utilizou dois métodos de mistura nos componentes – fécula de mandioca, glicerol, água, aditivos tensoativos e nucleantes – para analisar as influências deles nas propriedades físicas e mecânicas do produto. A primeira mistura foi feita em uma batedeira, a segunda, em uma câmara de mistura interna. Nas análises, Camila testou diferentes porcentagens dos seguintes componentes: a amilose (fundamental para o armazenamento de energia nas plantas), o agente plastificante (glicerol), o tensoativo (detergente) e o nucleante (sílica, que facilita o processamento e aumenta a fluidez do material).
No caso da mistura realizada na batedeira, os componentes apresentaram maior resistência ao impacto, espessura e ângulo de contato (medida de resistência à absorção de umidade ou água da superfície) com o alimento, além de menor absorção de umidade. As análises demonstraram maior absorção de umidade e resistência ao impacto nas formulações com até 5% de glicerol. Com 3% desse componente, obteve-se o melhor ângulo de contato para a espuma. Com 2% de sílica, o produto obteve maior densidade e maior resistência ao impacto, auxiliando na sustentação do material.
Confira a matéria completa no JU Ciência.
Acesse a notícia na página da UFRGS.
Fonte: Gabhriel Giordani, UFRGS.
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