Notícia
Vitamina D, boa alimentação e atividades físicas melhoram a qualidade de vida de mulheres com câncer de mama
Participaram da pesquisa 89 mulheres que foram acompanhadas por dois anos, sendo examinadas suas condições físicas, biológicas, consumo alimentar e nível de vitamina D no sangue
Pexels
Fonte
UFU | Universidade Federal de Uberlândia
Data
segunda-feira, 18 outubro 2021 15:55
Áreas
Nutrição Clínica. Saúde Pública
A relação entre fadiga e o nível de vitamina D presente no sangue de mulheres com diagnóstico de câncer de mama, atendidas no Setor de Oncologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU), foi analisada na tese da Dra. Isis Danyelle Dias Custódio, doutora pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde na Faculdade de Medicina (PPCSA Famed) na UFU.
O estudo, orientado pela Dra. Yara Cristina de Paiva Maia, professora do curso de Nutrição na mesma instituição, identificou a influência da fadiga relacionada ao câncer e à quantidade de vitamina D com a depressão, a ansiedade, as dores no corpo e a qualidade de vida.
As 89 mulheres foram acompanhadas por dois anos, sendo examinadas suas condições físicas, biológicas, consumo alimentar, nível de vitamina D no sangue, e respondendo a questionários para registrar os efeitos adversos do tratamento, como a capacidade de realizar atividades no dia a dia e o estado da saúde mental.
“As pacientes com fadiga demonstraram maiores níveis de ansiedade, depressão, dor nos músculos, pior qualidade de vida e pior pontuação em relação a sintomas de menopausa, vasomotores, psicológicos e de envelhecimento. Além disso, o baixo nível de vitamina D no sangue teve efeito negativo na ansiedade, nos sintomas de menopausa e vasomotores”, afirma a Dra. Custódio.
Os resultados da pesquisa apontam que um terço das sobreviventes de câncer de mama que apresentaram baixa concentração de vitamina D e pior estado nutricional também tiveram mais fadiga.
A Dra. Custódio explica a relevância da vitamina D para o tratamento da doença e qualidade de vida dessas mulheres: “nosso estudo reforça os benefícios em se manter os níveis adequados dessa vitamina, o que pode ser atingido por exposição da pele ao Sol e pelo consumo de alimentos fontes como leite e derivados, peixes e frutos do mar, e ovos.”
Tratamento
O número de casos novos e a mortalidade por câncer de mama é mais alta em mulheres pós-menopausadas, considerando idade igual ou maior que 50 anos: “alguns dos motivos são alterações biológicas decorrentes do envelhecimento e o maior acúmulo de gordura abdominal frequentemente observado nessa fase da vida. Ainda assim, o câncer de mama em fase inicial é potencialmente curável em 70-80% dos casos”, enfatiza a Dra. Custódio.
De acordo com a doutora, a decisão pelo tipo de medicamento utilizado para combater células malignas deve considerar os riscos, os benefícios, a idade, as preferências e o status de menopausa da mulher.
O tratamento para essa doença pode ser local, com cirurgia e radioterapia agindo sobre o tumor, ou sistêmica, com quimioterapia e o uso de drogas por via oral ou venosa, que afeta células cancerosas em demais partes do corpo.
Na tese, foram observadas mulheres em tratamento por terapia endócrina adjuvante com uso de inibidor de aromatase, uma terapia sistêmica que ocorre após a cirurgia de remoção do tumor e a quimioterapia ou radioterapia, reduzindo os níveis de produção do hormônio estrogênio e, assim, minimizando o risco de novos tumores.
Em mulheres pós-menopausadas, essa terapia, na qual o inibidor de aromatase reduz 90% de estrogênio, é considerada padrão de tratamento e contribui para o aumento da recuperação do câncer.
A Dra. Custódio reforça que é preciso incluir estratégias de suporte emocional, atividade física e orientação nutricional no atendimento de rotina a sobreviventes dessa doença e durante a terapia endócrina adjuvante, para melhorar a qualidade de vida relacionada à saúde das pacientes.
Prevenção
O câncer pode apresentar diferentes causas. Os principais fatores de risco que as pessoas não têm controle são a idade, o sexo, o histórico familiar e variantes genéticas, por exemplo. Porém, alguns hábitos podem ser evitados ou melhorados para que a mulher tenha menos tendência para desenvolver a doença, que são a dieta, o consumo de álcool, a obesidade, o sedentarismo, os hormônios por contraceptivos orais e a terapia de reposição hormonal, e alguns fatores reprodutivos, como a idade da primeira gravidez. Além disso, os exames preventivos são importantes para diagnosticar tumores na fase inicial.
Acesse a notícia completa na página da UFU.
Fonte: Laura Justino, UFU. Imagem: Pexels.
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