Notícia
Farinha de folha de moringa e polpa de bocaiuva podem reduzir custos na alimentação de frangos caipiras
A escolha pela farinha de moringa e da polpa de bocaiuva não foram aleatórias, a moringa é uma planta que tem alta produtividade na região, sendo estudada pelos benefícios à saúde humana e a polpa de bocaiuva é nativa da região
Pixabay
Fonte
UFMS | Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Data
segunda-feira, 23 novembro 2020 17:20
Áreas
Medicina Veterinária. Zootecnia
Reduzir o alto custo com a alimentação das aves é um dos principais desafios da avicultura, em especial a que trabalha com frangos do tipo caipira e que têm na nutrição até 70% das despesas. Nessa perspectiva, pesquisa na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMS) avança na busca de ingredientes alternativos para substituição parcial das tradicionais rações a base de farelo de soja e milho, ao utilizar farinha de folha de moringa e polpa de bocaiuva.
Pela pesquisa “Energia metabolizável de ingredientes alternativos para frangos de corte de crescimento lento”, a professora Dra. Karina Márcia Ribeiro de Souza Nascimento da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Famez) busca determinar a energia metabolizável da farinha de folha de moringa e polpa de bocaiuva para frangos de corte de crescimento lento, assim definidos pela genética da linhagem.
“As linhagens de crescimento lento têm menor exigência nutricional, menor velocidade de crescimento, são mais rústicas (suportam ambientes com desafios climáticos, como ambientes mais quentes e com maior amplitude térmica e instalações, construções, galpões de criação mais simples, sem tanta tecnologias), são as linhagens permitidas para as criações semi-intensivas (criações tipo caipira)”, explica a pesquisadora.
A escolha pela farinha de moringa e pela polpa de bocaiuva não foram aleatórias. A professora Dra. Karina destaca que a moringa foi uma planta que se adaptou muito bem ao clima local e tem alta produtividade na região, sendo estudada, principalmente, pelos benefícios à saúde humana.
“E a polpa de bocaiúva é nativa na nossa região e por mais que ainda seja obtida do extrativismo, tem-se perspectiva de se tornar um produto comercial que poderá ajudar na renda familiar de pequenos produtores. Porém, para a caracterização de ambos produtos como ingrediente que pode ser utilizado na alimentação animal, precisamos de muitos estudos ainda”, disse a pesquisadora.
Isso porque quando se fala em alimentação animal e para que se saiba se um ingrediente tem potencial de ser utilizado com esse fim, é preciso, segundo a Dra. Karina, testar primeiramente se o ingrediente é bem digerido pelas aves (ensaios de metabolizabilidade) e após, constatar se as aves têm desempenho zootécnico satisfatório nos ensaios de desempenho, sendo verificados peso de abate, ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar, entre outros.
Da pesquisa participaram 350 pintos com alojamento das aves com um dia de vida. O projeto testou a metabolizabilidade dos ingredientes em três idades diferentes.
“Vale destacar que tanto para a farinha de folha de moringa, quanto para a polpa de bocaiuva obtiveram-se, principalmente, valores próximos de energia metabolizável em relação ao milho e farelo de soja. A farinha da folha de moringa e a polpa de bocaiuva têm potencial para substituir parcialmente os ingredientes milho e farelo de soja das dietas de frangos de corte de crescimento lento”, disse a pesquisadora.
Acesse a notícia completa na página da UFMS.
Fonte: Paula Pimenta, UFMS. Imagem: Pixabay.
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