Notícia

Estudo encontra ligação entre ritmo de mastigação na adolescência e obesidade

Fonte

Universidade de Otago

Data

segunda-feira, 23 novembro 2020 16:15

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Materno Infantil

Pesquisa da Universidade de Otago descobriu que adolescentes com sobrepeso mastigam mais devagar e passam menos tempo comendo em comparação com seus colegas mais magros.

O autor principal, Dr. Ghassan Idris, da Universidade de Otago e do Hospital Infantil de Queensland, descreve os resultados como “inesperados”, mas disse que eles abrem novos caminhos de pesquisa em intervenções de controle de peso em jovens.

Para o estudo, publicado recentemente na revista científica Pediatric Obesity, a equipe de pesquisa recrutou 42 jovens de 15 anos (21 com peso saudável e 21 com sobrepeso) e avaliou suas características de mastigação durante uma noite, incluindo uma refeição noturna, em seu casas.

As contrações musculares da mandíbula foram registradas usando um dispositivo pequeno sensor sem fio conectado a um datalogger de smartphone, desenvolvido pelo professor Dr. Mauro Farella da Universidade de Otago. A natureza do dispositivo permitiu o registro das características de mastigação e ocasiões de alimentação em um ambiente natural, em comparação com estudos anteriores realizados em um ambiente de laboratório.

“Nossos resultados mostraram que os adolescentes maiores tinham um ritmo de mastigação mais lento e gastavam menos tempo comendo em comparação com os adolescentes mais magros – cerca de 35% menos tempo, disse o Dr. Ghassan Idris.

“Essas descobertas foram inesperadas quando comparadas a questionários anteriores e estudos de laboratório, que indicaram que crianças com sobrepeso tendem a mastigar alimentos em um ritmo mais rápido do que seus pares com peso saudável,” disse o pesquisador

“Nossas descobertas também contrastaram com as coletadas anteriores de adultos, onde não pudemos estabelecer uma relação entre a maneira como as pessoas comem e seu índice de massa corporal”, disse o Dr. Ghassan.

Ele acredita que o estudo, embora pequeno, fornece estímulo para novos trabalhos testando a eficácia da mudança do comportamento alimentar como uma intervenção de controle de peso na juventude.

“Pesquisas futuras são necessárias para identificar como a maneira como comemos pode resultar em ganho de peso ou afetar a digestão e, eventualmente, para explorar terapias comportamentais no controle de peso, como recomendar a mastigação de alimentos por mais tempo para os jovens”, disse o Dr.Ghassan Idris.

Este estudo foi realizado por uma equipe interdisciplinar com experiência em Odontologia (Dr. Ghassan Idris, Professor Mauro Farella e Dr. Christopher Robertson), Nutrição Humana (Dra. Claire Smith, Dra. Rachael Taylor) e Saúde Pediátrica do Sono (Professora Associada Dra. Barbara Galland ).

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia na página da Universidade de Otago (em inglês).

Fonte: Ellie Rowley, Universidade de Otago.  Imagem: Freepik.

 

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