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Hortaliças: sua importância na dieta e o baixo consumo entre os brasileiros

Consumo diário de hortaliças é benéfico para a saúde por serem fontes de vitaminas, sais minerais, fibras e antioxidantes

Wikimedia Commons

Fonte

Embrapa | Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Data

segunda-feira, 2 novembro 2020 10:25

Áreas

Agricultura. Agronomia. Nutrição Coletividades

A desnutrição cresce ano a ano e, cada vez mais, uma alimentação saudável está longe de se tornar um bem acessível para todos. Por outro lado, a obesidade – e suas consequências – aumenta de forma ainda mais rápida nas diferentes populações.

Sabe-se que o consumo diário de hortaliças é extremamente benéfico para a saúde. Elas são importantes fontes de vitaminas, sais minerais, fibras e antioxidantes. Em relação às vitaminas, a única não fornecida pelas hortaliças é a B12, por estar presente somente em alimentos de origem animal.

Algumas vitaminas e minerais, que são hidrossolúveis (solúveis em água), depois de aproveitados pelo nosso organismo são facilmente eliminados, como por exemplo a vitamina C; daí a necessidade de ingerir diariamente essas vitaminas e minerais, presentes nas hortaliças, visando suprir essa deficiência.

As hortaliças, além de fornecer nutrientes fundamentais para o bom funcionamento do organismo, ainda auxiliam na hidratação. Por sua vez, o baixo consumo pode ocasionar carências nutricionais, fragilizando-o e tornando-o mais suscetível a doenças.

Ainda, o consumo diário de hortaliças pode protelar ou evitar as doenças degenerativas, além de apresentar um aumento da disposição e a diminuição de riscos de doenças como a hipertensão e a diabetes. Pode-se listar uma série de outros benefícios deste grupo de alimentos, mas a verdade é que consumir hortaliças todos os dias é fundamental para quem busca um estilo de vida saudável.

Apesar de todos os benefícios para a saúde, o consumo de hortaliças no Brasil permanece muito abaixo dos valores diários preconizados por instituições nacionais e internacionais, como o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), respectivamente.

A OMS recomenda o consumo diário de 400 gramas de frutas e hortaliças, em cinco ou mais dias da semana. No Brasil, segundo a FAO, o consumo de hortaliças por pessoa/dia é de apenas 141 gramas, ficando atrás, inclusive, de alguns países mais pobres da Ásia e da América Latina.

Em países mais desenvolvidos, o consumo de hortaliças é maior; por exemplo, o Japão consome o dobro do que é consumido no Brasil, isto é, 280 gramas/pessoa/dia. Países como Portugal e Itália consomem, respectivamente, 416 e 353 gramas/pessoa/dia.

Felizmente, esse quadro está mudando. Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do MS, em 2018, revelam que houve uma mudança significativa entre os hábitos alimentares dos brasileiros, com uma melhora de 15,5% no consumo em relação a 2008. A pesquisa Vigitel apontou ainda que o consumo de alimentos saudáveis é mais frequente entre mulheres, 27,2% do que entre homens, 18,4%.

O baixo consumo de hortaliças pelos brasileiros pode estar associado a vários aspectos, dentre eles os econômicos (poder de compra), sociais (facilidade de acesso, escolaridade etc.) e culturais (costume, região etc.).

Em relação aos aspectos econômicos, observa-se geralmente que, com a redução na renda da população no país – como está ocorrendo neste momento de pandemia – a tendência é que o consumo de hortaliças diminua, neste caso, para a classe econômica mais baixa, devido ao menor poder de compra. Já para a classe econômica mais favorecida da população, a tendência é de aumento, ocasionado pelo aspecto da saudabilidade e ou a busca do fortalecimento da imunidade, características propiciadas pela ingestão desses alimentos.

Pesquisa recente da Embrapa Hortaliças e do Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort) aponta um menor acesso às hortaliças em regiões mais carentes, como é o caso da região Norte. O Bioma Amazônia (abrange toda a região Norte e partes de outros estados), de acordo com as informações do Sistema de Inteligência Territorial Estratégica do Bioma Amazônia (Embrapa Territorial, 2019), possui 500 municípios com cerca de 1 milhão de produtores rurais; são 25 milhões de habitantes e 48% da população abaixo da linha da pobreza.

Urge assim a necessidade de um programa de desenvolvimento para a produção de hortaliças nessa e em outras regiões mais carentes com reflexos na redução do preço deste produto (geralmente importado de outros estados), no acesso e consequentemente no aumento do consumo e na melhoria da saúde desta população.

Acesse a notícia completa na página da Embrapa.

Fonte: Warley Marcos Nascimento, Embrapa Hortaliças.  Imagem: Wikimedia Commons.

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