Notícia

Nanopartículas de própolis desenvolvidas pela Embrapa para combater infecções tem patente aprovada

Há a possibilidade da produção de vários produtos com as nanopartículas de própolis

Divulgação, Embrapa

Fonte

Embrapa | Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Data

sexta-feira, 23 outubro 2020 09:15

Áreas

Agricultura. Agronomia. Biotecnologia. Medicina Veterinária

O Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) aprovou a patente de Composições baseadas em nanopartículas de própolis, processos de obtenção e uso, desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite. “A aprovação se deu após oito anos de trabalhos e várias defesas”, comemora o Dr.Humberto de Mello Brandão, pesquisador da Embrapa e um dos inventores da tecnologia. A própolis apresenta características farmacológicas, tais como bactericida, e ação contra vários microrganismos, como o Staphylococcus aureus, e pode ser usado no tratamento da mastite bovina.

A própolis é um antimicrobiano natural produzido pelas abelhas e pode ser utilizado em sistemas de produção orgânicos de leite. O Dr. Brandão define as nanopartículas de própolis como “química verde”. Vislumbramos a sua adoção principalmente nas fazendas orgânicas, mas o produto pode ser utilizado em qualquer sistema de produção”, diz o pesquisador. Ele vai além: “Há possibilidade de uso da tecnologia inclusive para outras espécies e isso vai depender das empresas que se disponibilizarem a desenvolver os produtos”. A própolis possui um efeito sinérgico com o antibiótico, tornando-o mais potente. “Nós colocamos a Azitromicina dentro da nanopartícula de própolis, um fármaco bacteriostático (que cessa o crescimento das bactérias), com isso o fármaco passou a ser bactericida em concentrações mais baixas”, explica.

A produção de nanopartículas se apresenta como uma tecnologia vantajosa para encapsulação e visa a liberação controlada ou direcionada da própolis e de outros compostos, potencializando sua ação biológica. Para o Dr. Brandão, a grande vantagem das nanopartículas de própolis é que elas podem ser veiculadas em água em vez de álcool. “O álcool, como veículo, tem sérias limitações e sua administração na glândula mamária causa irritações. A Embrapa, em conjunto com parceiros, já testou o produto em vacas e o produto mostrou boa biocompatibilidade, não provocando efeitos adversos”.

Acesse a notícia completa na página da Embrapa.

Fonte: Rubens Neiva, Embrapa gado de Leite.  Imagem: Divulgação, Embrapa.

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