Notícia
Chocolate pode ajudar pacientes com doença arterial periférica a caminhar
Chocolate quente melhorou o fluxo sanguíneo nos membros inferiores de pacientes e ajudou a caminhar mais
Divulgação
Fonte
Universidade Northwestern
Data
terça-feira, 18 fevereiro 2020 14:05
Áreas
Ciência e Tecnologia de Alimentos. Nutrição Clínica
Ingerir bebida de chocolate, que é rico em flavanol, três vezes ao dia melhorou a distância percorrida a pé em indivíduos com doença arterial periférica (DAP), relata um estudo piloto da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos e publicado na revista científica Circulation Research.
A DAP afeta cerca 8,5 milhões de pessoas nos Estados Unidos; pessoas com DAP apresentam bloqueios nas artérias que retardam ou interrompem o fluxo de sangue nas pernas. Como resultado, as pessoas têm dor e dificuldade para caminhar até curtas distâncias.
“O chocolate promoveu uma melhoria significativa nesses pacientes. Praticar exercícios, atualmente, é a terapia médica mais eficaz para a DAP. Neste estudo, os benefícios do chocolate foram comparáveis aos benefícios dos exercícios”, disse a autora principal, Dra. Mary McDermott, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern.
A Dra. McDermott enfatizou que o estudo considerou 44 pessoas, sendo apenas uma pequena amostra. A pesquisadora ressalta que é necessário um estudo clínico mais amplo para confirmar os achados.
Pessoas com 60 anos ou mais que ingeriram a bebida de chocolate três vezes ao dia por seis meses conseguiram caminhar cerca de 40 metros mais, em um teste de caminhada de seis minutos, em comparação com aquelas pessoas que ingeriram o mesmo tipo de bebida sem chocolate.
Os participantes tiveram o fluxo sanguíneo nos membros inferiores medido por ressonância magnética. Alguns pacientes consentiram em realizar uma biópsia do músculo da panturrilha para avaliar a saúde muscular.
A epicatequina, presente no chocolate usado no estudo, existe em maiores quantidades no chocolate amargo (mais de 85% de cacau) do que no chocolate ao leite. Os flavanóis com epicatequina também estão disponíveis em cápsulas, o que reduz o risco de ganho de peso com o consumo de cacau três vezes ao dia.
Com o envelhecimento, o fluxo sanguíneo para as pernas diminui mesmo em pessoas saudáveis. Os idosos também apresentam saúde muscular e atividade mitocondrial mais limitadas. Portanto, embora não tenha sido testado neste estudo, existe o potencial do chocolate ajudar a melhorar a caminhada em idosos sem DAP também, afirma a Dra. Mary McDemott, que também disse que é razoável as pessoas com DAP consumirem uma pequena quantidade de chocolate amargo diariamente.
Os participantes do estudo do grupo de chocolate ingeriram uma bebida contendo uma colher de sopa de cacau não alcalino não processado três vezes ao dia. No total, foram 75 miligramas de epicatequina, o flavanol mais destacado no cacau e responsável pela melhoria no fluxo sanguíneo e na caminhada. Os flavanóis são um tipo de antioxidante produzido pelas plantas e estão presentes em algumas frutas, vegetais e no cacau.
Os pesquisadores descobriram que os consumidores de chocolate tiveram um fluxo sanguíneo melhorado em 20% para as panturrilhas e melhoraram a saúde e a função muscular em comparação ao grupo placebo. Os consumidores de chocolate também tiveram uma densidade de capilares aumentada em 14%. A melhoria dos capilares já tinha sido demonstrada em estudos com animais; esta é a primeira vez que foi demonstrada em humanos.
“Esta é uma doença dolorosa e incapacitante. Se essas descobertas forem confirmadas em um estudo maior, o chocolate, produto relativamente barato, seguro e acessível, pode potencialmente produzir melhorias significativas na saúde dos músculos da panturrilha, no fluxo sanguíneo e, finalmente, na caminhada dos pacientes com DAP”, concluiu a Dra. McDermott.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Northwestern (em inglês).
Fonte: Marla Paul, Universidade Northwestern. Imagem: Divulgação.
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