Notícia

Pesquisadoras buscam a conservação de tubarões e raias do litoral do Paraná

O trabalho mostra que, além de que não confundir espécies para o consumo, é essencial entender e preservar os tubarões e raias do litoral paranaense, devido à sua importância ecologia e manutenção da saúde do litoral

Divulgação, UFPR

Fonte

UFPR | Universidade Federal do Paraná

Data

sexta-feira, 17 janeiro 2020 10:00

Áreas

Aquicultura. Sustentabilidade. Zootecnia

Você sabia que quando você come cação, na verdade está consumindo um tubarão ou uma raia? Isso porque eles são do mesmo grupo: os elasmobrânquios, peixes cartilaginosos que são objeto de estudo de um grupo de pesquisadoras da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O objetivo delas é buscar maneiras de conservar essas espécies no litoral paranaense, uma vez que os animais são ameaçados pela pesca desordenada e pela falta de políticas públicas de conservação.

“Estamos falando de animais que têm um papel ecológico na manutenção do ecossistema. A retirada deles afeta a economia e o ambiente, pois pode faltar o peixe para o pescador e para outras espécies marinhas”, explica a doutoranda em Zoologia Renata Daldin Leite.

A raia-viola-do-fucinho-curto (Zapteryxbrevirostris), o cação-rola-rola (Rhizoprionodon Spp.) e a raia-viola (Pseudobatos Spp.) são algumas das espécies já investigadas pelo grupo. Para ter acesso aos animais, as estudantes têm contato com pescadores nativos das praias de Matinhos. A rotina depende de cada trabalho e da quantidade de peixes a serem analisados, como aponta a mestranda em Zoologia Aline Prado. “Isso depende do mar, da temperatura e das espécies, pois cada uma tem um período de ocorrência diferente no nosso litoral”. Os pescadores as avisam quando aparece alguma espécie de interesse para que consigam analisá-las, se possível, ainda vivas. “Quando se trabalha com fisiologia, você precisa do animal vivo, e em cativeiro é difícil encontrar as mesmas características da natureza”, ressalta Renata.

As coletas ocorrem na praia, junto aos pescadores. “Tiramos amostras de sangue, brânquias, gel sensorial, medimos, tiramos fotos e devolvemos ao pescador, caso esteja morto. Se estiver vivo, devolvemos ao mar”, relata Isis Cury, formada em Ciências Biológicas pela UFPR.

Com o material em mãos, as pesquisadoras continuam o trabalho na Associação MarBrasil e no Laboratório de Fisiologia Comparativa da Osmorregulação (LFCO), do Departamento de Fisiologia. Aspectos como estresse sofrido na captura, fisiologia reprodutiva e diferença de tamanho entre machos e fêmeas são analisados para verificar a interferência na dinâmica dos animais em ambiente marinho. “Sem o trabalho de biologia básica, nós não conseguimos ter informações importantes para os planos de manejo e de conservação das espécies. Muitas delas podem usar o litoral como área de berçário e estamos pescando sem saber essa informação”, enfatiza Aline.

Acesse a notícia completa na página da UFPR.

Fonte: ASPEC, UFPR. Imagem: Divulgação, UFPR.

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