Notícia
Açaí é base de pesquisa na UFOP sobre prevenção e evolução da artrite reumatoide
Pesquisadora analisou, por meio de marcadores, se o consumo de açaí apresentava algum reflexo na inflamação e no estresse oxidativo
Divulgação, UFOP
Fonte
UFOP | Universidade Federal de Ouro Preto
Data
sábado, 4 maio 2019 16:50
Áreas
Nutrição Clínica. Nutrição Funcional
Energético, refrescante e saboroso, o açaí se tornou objeto de estudos científicos na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Uma das pesquisas sobre o fruto da Amazônia compõe a tese de doutorado defendida por Carla Teixeira Silva, junto ao Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas (CBIOL/NUPEB), que aborda os efeitos do consumo de açaí na prevenção e evolução da artrite reumatoide, doença autoimune que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações, como mãos, punhos e cotovelos.
Na pesquisa, a doutoranda analisou, por meio de marcadores, se o consumo de açaí apresentava algum reflexo na inflamação e no estresse oxidativo, condição biológica em que há um excesso de radicais livres.
Conforme a orientadora e diretora da Escola de Nutrição (ENUT) da UFOP, Dra. Renata de Freitas, as condições são comuns em diversas patologias humanas, como diabetes, arterosclerose e síndrome metabólica.
A pesquisa foi realizada em camundongos, de acordo a professora da ENUT e coorientadora do projeto, Dra. Joana Amaral. Segundo ela, a opção por trabalhar com roedores se deu pelo fato de a inflamação desenvolvida nas articulações do animal ocorrer de forma similar à dos seres humanos que possuem a doença. Outro fator importante é que não havia evidências de que o uso do açaí teria efeito para essa doença especificamente.
Joana conta que, nesse caso, a artrite foi provocada nos camundongos por meio da imunização, utilizando-se a proteína metilada mBSA (Albumina Bovina) associada ao adjuvante de FREUND – CFA (composto que ajuda a estimular o sistema imune). Os antígenos foram injetados subcutaneamente, a fim de desencadear o processo inflamatório nas articulações dos roedores. Esse método, segundo as professoras da ENUT é amplamente usado na literatura científica.
Resultados
Após as avaliações, Carla constatou a capacidade do açaí de promover um aumento na quantidade de células que possuem características de combate à inflamação, as chamadas células reguladoras (linfócitos Treg). A pesquisadora constatou ainda que, ao consumir o fruto, o animal portador da artrite obteve uma redução da atividade oxidativa, ou seja, houve a minimização da produção de radicais livres provenientes da doença. Além disso, houve alterações nas características sintomáticas da doença, fazendo com que o roedor inflamasse menos e possivelmente tivesse menos dores.
Portanto, a pesquisa mostrou que, com o consumo diário da polpa do açaí, os animais tiveram uma redução das lesões características da artrite reumatoide e um aumento das células reguladoras do sistema imune.
Acesse a notícia completa na página da UFOP.
Fonte: Patrícia Pereira e Elis Cristina, UFOP. Imagem: Divulgação, UFOP.
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