Notícia

Novas bactérias devem diminuir uso de fertilizantes nitrogenados e aumentar produtividade agrícola no Brasil

O milho, o trigo, o arroz, a cana-de-açúcar e outras plantas cultivadas no Brasil devem ter um crescimento mais saudável a partir da utilização de três novas bactérias

Pixabay

Fonte

UFPR | Universidade Federal do Paraná

Data

quarta-feira, 19 dezembro 2018 14:20

Áreas

Agricultura. Agronomia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Ciências Agrárias

O milho, o trigo, o arroz, a cana-de-açúcar e outras plantas cultivadas no Brasil devem ter um crescimento mais saudável a partir da utilização de três novas bactérias desenvolvidas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Derivadas da bactéria fixadora de nitrogênio Azospirillum brasilense, as estirpes HM053, HM210 e HI1 devem aumentar a eficiência de utilização dos nutrientes do solo e da água, elevando a proteção contra a seca, e diminuir a utilização de fertilizantes nitrogenados e a poluição causada pelos mesmos. Uma parceria firmada entre a UFPR e a Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) levará a tecnologia para a agricultura brasileira.

A partir da cessão das bactérias pela UFPR, a Associação fará os testes de eficiência agronômica e a posterior formulação e produção de inoculantes pelas empresas associadas. De acordo com o presidente da ANPII, José Roberto Pereira de Castro, a forma de desenvolvimento do inoculante com as novas cepas é inédita no Brasil, pois será um trabalho conjunto e cooperado entre as nove empresas associadas.

Castro ressalta que, além dos benefícios ambientais, os inoculantes produzidos com estas bactérias trarão economia para os agricultores, aumentando a rentabilidade de diversos cultivos. “Com toda a certeza os novos inoculantes comercializados terão excelente aceitação pelos agricultores, pela gama de vantagens que apresentarão”, diz. No momento de comercialização das bactérias, a UFPR receberá um percentual em royalties sobre o faturamento bruto das empresas.

Para o reitor da UFPR, o Dr. Ricardo Marcelo Fonseca, o acordo é um exemplo de como a universidade pública é fundamental no desenvolvimento do país. “As universidades públicas, particularmente as federais, são protagonistas na criação e transferência de novas tecnologias para a sociedade”, diz.

Professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFPR e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Fixação Biológica de Nitrogênio, o Dr.Fábio de Oliveira Pedrosa afirma que há grande expectativa em relação à contribuição das novas bactérias para o agricultor e para a agricultura brasileira. “As estirpes serão utilizadas na agricultura para benefício não só do produtor de inoculante, como também do agricultor, que terá maior produtividade, proteção contra a seca e doenças das plantas”, pontua. Ele ainda explica que os inoculantes, contendo as novas estirpes de Azospirillum brasilense, são fertilizantes biológicos e têm baixo custo para o agricultor.

As novas bactérias foram produzidas pelo Núcleo de Fixação de Nitrogênio do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFPR, coordenado pelo professor Fábio de Oliveira Pedrosa. O Núcleo é integrado por estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado, pós-doutores e outros oito professores da instituição.

Bactérias evitam poluição ambiental

O presidente da Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), José Roberto Pereira de Castro, explica que as novas estirpes da bactéria Azospirillum brasilense desenvolvidas pela UFPR deverão reduzir o consumo de fertilizantes nitrogenados, por terem maior nível de transformação do nitrogênio atmosférico em formas assimiláveis pelas plantas.

Acesse a notícia completa na página da UFPR.

Fonte: Superintendência de Comunicação Social , UFPR. Imagem: Pixabay.

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