Notícia

Pessoas com maior sensibilidade ao gosto amargo da cafeína bebem mais café

Pessoas que têm capacidade maior de sentir o gosto amargo do café aprendem a associá-lo a coisas boas, dizem pesquisadores

Pixabay

Fonte

Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern

Data

segunda-feira, 19 novembro 2018 11:50

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades

Por que gostamos do sabor amargo do café? Amargura é um sistema de alerta natural para proteger o corpo de substâncias nocivas. Pela lógica evolucionista, deveríamos querer cuspir.

Mas, ao que parece, quanto mais sensíveis as pessoas estão ao gosto amargo da cafeína, mais café elas bebem, relata um novo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern e do Instituto de Pesquisas Médicas QIMR Berghofer, na Austrália. A sensibilidade é causada por uma variante genética.

“É de se esperar que pessoas particularmente sensíveis ao gosto amargo da cafeína bebessem menos café”, disse a Dra. Marilyn Cornelis, professora assistente de medicina preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern. “Os resultados opostos do nosso estudo sugerem que os consumidores de café adquirem um sabor ou uma capacidade de detectar cafeína devido ao reforço positivo aprendido (ou seja, estimulado) provocado pela cafeína.” Em outras palavras, pessoas que têm capacidade maior de sentir o gosto amargo do café – e particularmente o distinto sabor amargo da cafeína – aprendem a associar “coisas boas a ele”, explicou a Dra. Cornelis.

O estudo foi publicado no último dia 15 de novembro na  revista científica Scientific Reports. Na população do estudo, as pessoas que eram mais sensíveis à cafeína e bebiam muito café consumiam pequenas quantidades de chá. Mas isso só poderia acontecer porque eles estavam ocupados demais tomando café, observou a Dra. Cornelis.

O estudo também encontrou pessoas sensíveis aos sabores amargos de quinino e de PROP, um sabor sintético relacionado aos compostos em vegetais crucíferos, que evita o café. Para o álcool, uma maior sensibilidade ao amargor do PROP resultou em menor consumo de álcool, particularmente de vinho tinto.

“As descobertas sugerem que nossa percepção de sabores amargos, informados por nossa genética, contribui para a preferência por café, chá e álcool”, concluiu a Dra. Cornelis.

Acesse a notícia completa na página da Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern (em inglês).

Fonte: Marla Paul, Faculdade de Medicina da Universidade Northestern. Imagem: Pixabay.

Em suas publicações, o Canal Nutrição da Rede T4H tem o único objetivo de divulgação científica, tecnológica ou de informações comerciais para disseminar conhecimento. Nenhuma publicação do Canal Nutrição tem o objetivo de aconselhamento, diagnóstico, tratamento médico ou de substituição de qualquer profissional da área da saúde. Consulte sempre um profissional de saúde qualificado para a devida orientação, medicação ou tratamento, que seja compatível com suas necessidades específicas.

Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que  cadastrados no Canal Nutrição e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Nutrição, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.

Leia também

2024 nutrição t4h | Notícias, Conteúdos e Rede Profissional nas áreas de Alimentos, Alimentação, Saúde e Tecnologias

Entre em Contato

Enviando
ou

Fazer login com suas credenciais

ou    

Esqueceu sua senha?

ou

Create Account