Notícia
Qual papel da nutrição na manutenção da saúde do cérebro no envelhecimento?
O Documento da Sociedade de Nutrição do mês de julho intitula-se: “Dieta, nutrição e envelhecimento cerebral: evidências atuais e novas direções”
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Fonte
The Nutrition Society
Data
quarta-feira, 22 agosto 2018 14:00
Áreas
Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Funcional
As populações mundiais estão envelhecendo e a saúde mental é considerada um dos maiores desafios globais. Os avanços nos tratamentos dessas condições de saúde mental têm sido de certa forma limitados, consequentemente, há uma necessidade urgente de identificar fatores modificáveis para intervenções direcionadas para promover melhor a saúde cerebral em nossas populações que estão envelhecendo. Evidências emergentes apoiam um papel para certos fatores dietéticos na saúde do cérebro, abrindo novos caminhos potenciais para a prevenção de demência e depressão em adultos mais velhos. Em nossa revisão, exploramos a influência do envelhecimento na saúde do cérebro e as evidências emergentes que ligam a dieta e os nutrientes específicos à função cognitiva e à depressão em idosos.
Evidências ligando certos padrões alimentares, particularmente a dieta mediterrânea, com um risco reduzido de demência e depressão estão se acumulando, no entanto, ensaios clínicos randomizados bem planejados são necessários para investigar completamente o seu papel. Componentes dietéticos específicos como o n-3 PUFA, polifenóis, vitaminas D e B também foram investigados em relação à saúde do cérebro. A força da evidência para estes componentes particulares varia, mas a totalidade da evidência é mais forte para o folato e as vitaminas do complexo B relacionadas ao metabolismo. Ensaios randomizados mostraram que a suplementação com vitamina do completo B reduz a taxa de declínio cognitivo e pode reduzir o risco de depressão no envelhecimento.
Também consideramos o papel das novas tecnologias de imagem e sua aplicação na pesquisa nutricional. O uso dessas tecnologias em combinação com avaliações de questionários pode fornecer um meio objetivo e altamente robusto de avaliar a função e a atividade cerebral. A literatura sugere que estudos que incorporam novas tecnologias, como a ressonância magnética e a magnetoencefalografia, oferecem muita promessa no estabelecimento de intervenções nutricionais eficazes que poderiam reduzir o risco de distúrbios cognitivos e mentais.
Em resumo, a nutrição é um fator modificável que tem papéis importantes na preservação da cognição e na redução do risco de depressão na fase final da vida. Evidências emergentes nesta área implicam deficiências subclínicas de certos nutrientes no declínio cognitivo e depressão em adultos mais velhos, com a evidência mais forte proveniente de ensaios randomizados de vitamina B que também incorporaram resultados de imagem cerebral.
Acesse a notícia completa na página da Revista da Sociedade de Nutrição (em inglês).
Fonte: Revista da Sociedade de Nutrição. Imagem: Freepik.
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