Notícia
Bactérias associadas a insetos influenciam no controle de pragas agrícolas
Tese sugere possibilidades de exploração biotecnológica a partir de estudos com lagartas e formigas
Luís Gustavo de Almeida, Jornal da USP
Fonte
Jornal da USP | Jornal da Universidade de São Paulo
Data
quarta-feira, 15 agosto 2018 10:00
Áreas
Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Ciências Agrárias.
Bactérias que vivem no trato digestivo da lagarta Spodoptera frugiperda são capazes de metabolizar inseticidas e protegê-la dessas substâncias. Essa habilidade afeta a eficiência dos pesticidas usados no controle dessa espécie de lagarta, que é a mais devastadora das lavouras de milho.
As bactérias intestinais desintoxicam as lagartas após o contato com os inseticidas pelo mecanismo de bioacumulação. “A descoberta da existência dessas bactérias e do mecanismo pelo qual elas limitam a ação dos pesticidas tem implicações importantes para as estratégias de manejo de pragas”, diz o pesquisador Luís Gustavo de Almeida, que desenvolveu o trabalho no doutorado em Entomologia na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.
Segundo o pesquisador, esses microrganismos podem ser explorados biotecnologicamente para aplicação em biorremediação – um tipo de processo no qual organismos vivos são utilizados para reduzir, remover ou remediar contaminações no ambiente.
Formiga cortadeira
Na tese, Luís Almeida também relata a descoberta de uma grande diversidade de metabólitos produzidos por bactérias cultiváveis associadas à formiga cortadeira Acromyrmex coronatus, bem como o potencial destas substâncias para a descoberta de compostos inseticidas.
“Os metabólitos produzidos por essas bactérias apresentaram elevada capacidade inseticida, causando mortalidade de até 100% das lagartas de S. frugiperda. Dois desses metabólitos foram identificados e sua nova atividade biológica foi descrita”, conta Luís Almeida.
Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.
Fonte: Caio Albuquerque/Divisão de Comunicação da Esalq-USP. Imagem: Luís Gustavo de Almeida, Jornal da USP.
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