Notícia

Pesquisadores discutem potencial da ressonância magnética na agricultura e na indústria

Equipamentos grandes e de altos custos estão sendo substituídos por esses aparelhos menores na análise de alimentos, que podem estar nos supermercados futuramente.

Joana Silva, Embrapa

Fonte

Embrapa | Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Data

quinta-feira, 24 maio 2018 17:00

Áreas

Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Ciências Agrárias

As aplicações da ressonância magnética nuclear (RMN) em diversos segmentos, da academia à indústria estão no centro de um debate que ocorre nesta quinta-feira (24), a partir das 9h30, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), em Piracicaba (SP). Pesquisadores da Embrapa, universidades e empresas vão apresentar no Anfiteatro Prof. Dr. Urgel de Almeida Lima – prédio LAN-2, como a técnica está sendo usada na agricultura, alimentos e indústria.

A ressonância magnética nuclear (RMN) já vem sendo utilizada há mais de 50 anos na área agrícola para determinar a estrutura química dos princípios ativos dos agroquímicos, mas os equipamentos utilizados para as análises ainda são muito caros. Essas barreiras podem ser superadas com o uso de ressonância magnética de baixo campo, cerca de dez vezes mais barata do que as usadas em medicina e laboratório. Essa é a proposta que o pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP), Dr. Luiz Alberto Colnago, vai apresentar na abertura do workshop.

Além do Dr. Colnago, dois representantes da Fine Instrument Technology (FIT) –  empresa parceira da Embrapa Instrumentação no uso da metodologia e desenvolvimento de equipamentos de RMN – o diretor de Tecnologia Daniel Consalter e Douglas Flores vão demonstrar a tecnologia e apresentar a aplicação industrial dos aparelhos, a convergência para a indústria 4.0 e os métodos não invasivos de análise de frutas e outros alimentos.

O Dr. Colnago tem conduzido estudos alternativos aos métodos trabalhosos e demorados e desenvolvido equipamentos de custos inferiores para identificar teores de óleo em grãos e alterações em alimentos in natura – frutas e carne bovina – e industrializados – azeite de oliva, maionese, molhos de salada e até vinho, de forma pioneira, desde 1986. O emprego de RMN de baixo campo vem permitindo a análise química de amostras grandes como frutas inteiras e  alimentos embalados, investigando e monitorando a qualidade dos alimentos que fazem parte da mesa do consumidor.

“Em análise de frutas, carnes frescas e produtos comerciais embalados não há competidores diretos, com aparelhos de baixo custo. Na Universidade da Califórnia, um professor utiliza um equipamento de alto custo para estudar vegetais – abacate, ameixas e azeitonas – mas o princípio de análise desenvolvido por ele é diferente do método brasileiro – é mais demorado”.

O aparelho utilizado pelo Dr. Colnago tem princípio de funcionamento similar aos de uso médico e laboratorial. Mas esse tipo não gera imagem como os aparelhos de  uso médico, nem um espectro, como nos aparelhos de uso laboratorial. O que se mede nos aparelhos de RM em baixo campo é o tempo de desaparecimento do sinal de ressonância. Esse sinal é comparado com um banco de dados por programas estatísticos que transformam essa informação na composição química dos produtos agroalimentares.

Acesse a notícia completa na página da Embrapa.

Fonte: Joana Silva, Embrapa. Imagem: Joana Silva, Embrapa

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