Notícia
Pesquisa mostra que os adolescentes atendem às regras alimentares que priorizam a saúde
Pesquisa mostra como os adolescentes podem reagir quanto as escolhas alimentares
Pixabay
Fonte
Universidade de Stanford
Data
quarta-feira, 16 maio 2018 11:00
Áreas
Educação Nutricional. Nutrição Coletividades
De acordo com um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, adolescentes que têm regras orientadas para a saúde alimentar em casa são mais propensos a tomar decisões de comer de forma saudável por conta própria.
Acontece que as crianças estão prestando mais atenção do que você pensa, quando diz que o brócolis é bom para elas.
A constatação é uma boa notícia para os pais que querem seus filhos a comam vegetais
“É importante que os pais entendam que regras de alimentação- e, mais especificamente, que tipos de regras alimentares – podem ajudar a incentivar uma alimentação saudável”, escreveram os doutorandos de Stanford, Jennifer Wang e Priya Fielding-Singh, em um estudo publicado em 14 de maio no Journal of Adolescent Health.
Wang e Fielding-Singh descobriram que as regras se centravam em torno da saúde – por exemplo, apenas permitindo junk food para ocasiões especiais; ou que um vegetal deve ser consumido no jantar – pode ser eficaz porque enfatiza a importância de considerar a saúde ao fazer escolhas alimentares.
Regras não relacionadas à saúde, como nada de celulares na mesa de jantar, não tinham efeito sobre os adolescentes.
Estudando as escolhas alimentares dos adolescentes
Para entender melhor as escolhas alimentares independentes dos adolescentes, Fielding-Singh e Wang entrevistaram o corpo discente, 1.246 adolescentes no total, de uma escola secundária diversificada da Bay Area de São Francisco. Os alunos foram questionados sobre suas crenças e comportamentos alimentares, e também sobre as atitudes e práticas dos pais relacionadas à alimentação.
“Os estudantes que participaram do estudo entenderam quais alimentos eram saudáveis e não saudáveis”, disse Fielding-Singh
“Nós adultos tendemos a subestimar como os adolescentes são conscientes da saúde, do que estão consumindo”, disse Fielding-Singh.
Mas Wang e Fielding-Singh queriam saber mais do que apenas o que os adolescentes pensavam sobre comida. Eles estavam curiosos para saber como os adolescentes realmente se comportavam quando achavam que seus pais não estavam vendo.
“Queríamos ver como os adolescentes fazem escolhas alimentares quando estão sozinhos”, disse Fielding-Singh.
Assim, os dois pesquisadores incorporaram um experimento controlado em seu estudo: no início da pesquisa, os alunos do ensino médio foram informados de que, automaticamente, poderiam ganhar dois lanches de sua escolha. Nem alunos nem professores sabiam que a escolha dos lanches fazia parte do experimento dos pesquisadores.
A partir daí, os pesquisadores realizaram várias situações, em uma situação, os alunos precisariam de aprovação dos pais antes de poderem pegar seus lanches. Em outra situação, os alunos não precisariam da aprovação dos pais para pegar seus lanches.
Foram mostrados 10 lanches aos alunos, cinco dos quais eram mais saudáveis e cinco eram menos saudáveis. Esses lanches incluíam iogurte, homus com pretzels e fatias de maçã, bem como gomosos, biscoitos recheados e salgadinhos. Os alunos foram então convidados a escolher dois lanches.
Wang e Fielding-Singh descobriram que os adolescentes que relataram ter pelo menos uma regra alimentar voltada para a saúde em casa tinham chances significativamente maiores de escolher um lanche saudável – independentemente da supervisão dos pais.
Além disso, os alunos com uma regra alimentar voltada para a saúde relataram que eles tinham mais probabilidade de se sentir bem quando faziam escolhas saudáveis e se sentiam mal quando faziam escolhas não saudáveis.
“Esses resultados sugerem que as regras alimentares que os pais têm em casa podem continuar a moldar os comportamentos de seus filhos adolescentes, mesmo quando os pais não estão supervisionando ativamente”, disse Wang.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Stanford.
Fonte: Melissa de Witte,Universidade Stanford. Imagem: Pixabay
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