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Alergias e intolerâncias alimentares

Os alimentos que mais costumam causar reações alérgicas em crianças são: leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixes e crustáceos

Pixabay

Fonte

CRN-8 | Conselho Regional de Nutricionistas 8ª Região

Data

terça-feira, 8 maio 2018 15:00

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição de Coletividades. Nutrição Funcional. Nutrição Esportiva

Dia 7 de maio é o Dia Nacional de Prevenção à Alergia, criado com o objetivo de divulgar a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças alérgicas, entre elas a asma brônquica, a rinite alérgica, as alergias da pele e a alergia alimentar. O Conselho Regional de Nutricionistas da 8ª Região (CRN-8) conversou com a nutricionista Elaine Hillesheim para saber mais sobre as alergias alimentares

Segundo Elaine, “alergia alimentar” é um termo utilizado para descrever reações adversas a alimentos dependentes de mecanismos imunológicos. “Ninguém nasce alérgico. Assim, para desenvolver qualquer alergia, é necessário que a pessoa primeiro entre em contato com a proteína causadora do problema. Por isso, as alergias alimentares podem surgir em qualquer etapa da vida e são mais comuns em crianças. Estima-se que a prevalência seja aproximadamente de 6% em menores de três anos e de 3,5% em adultos, no entanto, esses valores parecem estar aumentando”, explica.

A nutricionista diz ainda que a apresentação clínica da alergia alimentar é variável e inclui manifestações cutâneas, gastrintestinais e respiratórias. “As reações podem ser leves, como coceira nos lábios, ou em todo corpo, além de diarreia, cólicas, tosse, inchaço nos olhos e até reações graves, que podem comprometer vários órgãos e ser potencialmente fatais, como a anafilaxia”.

Os alimentos que mais costumam causar reações alérgicas em crianças são: leite de vaca, ovo, soja, trigo, peixes e crustáceos. Entre os adultos, a alergia a crustáceos, sobretudo o camarão, é queixa frequente. No Brasil, alergias alimentares a castanhas, nozes e amendoim não são frequentes, no entanto, qualquer alimento pode desencadear uma reação alérgica, até mesmo carnes, frutas e verduras.

Prevenção da Alergia Alimentar

Elaine explica que o aparecimento das alergias alimentares depende da interação entre fatores genéticos e ambientais e que a única forma de diminuir a chance de ocorrer alergias alimentares na criança é o aleitamento materno exclusivo, até os seis meses de idade, sem a introdução de leite de vaca, de fórmulas infantis à base de leite de vaca ou alimentos complementares. “Já as restrições alimentares impostas às gestantes ou às nutrizes (mães que amamentam), como medida para prevenir alergias alimentares na criança, não possuem recomendação científica e podem prejudicar o desenvolvimento do feto e o estado nutricional das mães. O adiamento da introdução de alimentos específicos (por exemplo, ovo, peixe, trigo) na dieta de crianças também não é recomendado, mesmo que haja casos de alergias alimentares em familiares”, afirma.

Tratamento da Alergia Alimentar

As alergias alimentares têm como base o tratamento nutricional, sendo necessária a exclusão total da proteína causadora da alergia. A nutricionista Elaine esclarece que os medicamentos são utilizados apenas para o tratamento dos sintomas após o contato com o alimento. “A exclusão de alimentos da dieta pode ser tarefa árdua, pois muitos dos envolvidos em alergias alimentares estão presentes de modo constante na culinária habitual. O nutricionista é o profissional capacitado para o aconselhamento dietético nas alergias alimentares. Os pacientes são orientados a reconhecer todos os alimentos, preparações dietéticas e outros produtos que podem conter de forma oculta a proteína causadora da alergia, além da correta substituição dos alimentos para que não haja deficiências nutricionais. A suplementação de vitaminas e minerais pode ser necessária de acordo com o alimento excluído da dieta. Uma dieta inadequada pode levar a distúrbios nutricionais graves e irreversíveis”, explica.

Acesse a notícia completa na página do CRN-8.

Fonte: CRN-8. Imagem: Pixabay

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