Notícia
Projeto: Frutos amazônicos como estratégia de inovação, sustentabilidade e melhoria na qualidade de vida, é premiado
Pesquisa do Inpa com frutos amazônicos conquista 2º lugar no Prêmio Samuel Benchimol
Ingrydd Ramos, INPA
Fonte
INPA | Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Data
quinta-feira, 1 novembro 2018 13:55
Áreas
Agricultura. Agronegócio. Agronomia. Ciência e Tecnologia de Alimentos. Ciências Agrárias. Engenharia de Alimentos
Estudos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) sobre o potencial biotecnológico, nutricional e efeito dos frutos camu-camu, cubiu, açaí e pupunha para auxiliar na prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, colesterol e obesidade são reconhecidos pelo Prêmio Samuel Benchimol. Os pesquisadores a professora Dra. Francisca Souza e Jaime Aguiar conquistaram a 2ª colocação na categoria Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica com a proposta Frutos Amazônicos como estratégia de inovação, sustentabilidade e melhoria da qualidade de vida. A cerimônia de entrega ocorre no dia 23 de novembro, em Belém (PA).
Na última década, o Grupo de Alimentos e Nutrição do Inpa se dedicou a estudar as propriedades e funcionalidades de frutos nativos, espécies que têm participação na economia do setor agrícola da região. A proposta agora é agregar valor a alimentos existentes e na elaboração de novos produtos regionais, nutritivos e funcionais. Esta é a primeira vez que o Grupo de Pesquisa Alimentos e Nutrição do Inpa, liderado pela Dra. Francisca Souza, é contemplado com o Prêmio Professor Samuel Benchimol.
“Esse prêmio é um reconhecimento do trabalho que vem sendo realizado há mais de dez anos estudando os frutos Amazônicos e divulgando benefícios deles para a saúde das pessoas”, disse a Dra. Souza.
As pesquisas do grupo buscam estudar o potencial biotecnológico e o papel de frutos amazônicos com relevante valor econômico e nutricional e na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças metabólicas (dislipidemias – como colesterol e diabetes) e obesidade. São pesquisados o potencial econômico, tecnológico, nutricional e funcional da pupunha (Bactris gasipaes Kunth), açaí (Euterpe oleracea Mart.), camu-camu (Myrciaria dubia (Kunth) Mac Vaugh) e o cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal).
“Todos esses frutos são nativos e normalmente são subaproveitados, necessitando de novas tecnologias em relação ao processamento que possibilitem aumento da vida de prateleira e melhor utilização”, explicou a professora Souza, que junto com Jaime Aguiar foram os únicos pesquisadores do Amazonas contemplados nesta edição do prêmio.
Os pesquisadores esperam ainda que a tecnologia seja transferida ao setor produtivo e as empresas se encarreguem de produzir em escala comercial com preços ao alcance da população. Outra aspiração é formar profissionais para atuar na área da nutrição humana, no aproveitamento tecnológico dos frutos regionais e contribuir para minimizar os problemas de saúde pública, como desnutrição e doenças crônicas não transmissíveis. “Espera-se estar contribuindo na terapia nutricional de diabéticos”, destacou a Dra. Souza.
Na área ambiental, a tecnologia utilizará resíduos (cascas e sementes) que são considerados contaminantes ambientais quando descartados em excesso, de modo que não haverá risco de danos ao meio ambiente.
Testes
Para saber as propriedades funcionais dos frutos transformados em alimentos, as pesquisas do grupo testaram a partir do açaí, a farinha, bebidas (suco e néctar), extratos e cereais; da pupunha a farinha e cereal; do cubiu a farinha e bebidas; e do camu-camu investigaram farinha, bebidas e produtos liofilizados (desidratados), barra de cereal, biscoito, pães. “Os resultados apontaram para redução de níveis de glicose e colesterol usando produtos à base de cubiu, camu-camu e o açaí”, contou a Dra. Souza.
Os estudos do grupo são resultados de um projeto maior denominado Frutos Amazônicos para produção de alimentos funcionais, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Acesse a notícia completa na página do INPA.
Fonte: Redação INPA. Imagem: Ingrydd Ramos, INPA.
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