Notícia

Probióticos podem prevenir a perda óssea em mulheres idosas

Fonte

Universidade de Gotemburgo

Data

quinta-feira, 23 agosto 2018 12:30

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição de Coletividades. Nutrição Funcional

Pela primeira vez, pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, demonstraram que os probióticos, suplementos alimentares com bactérias promotoras da saúde, podem afetar o esqueleto humano. Entre as mulheres mais idosas que receberam probióticos, a perda óssea caiu pela metade em comparação com as mulheres que receberam apenas  placebo. A pesquisa abre portas para uma nova maneira de prevenir fraturas entre os idosos.

A fragilidade dos ossos, ou osteoporose, é caracterizada por ossos porosos e fracos, o que pode fazer com que se quebrem mesmo quando submetidos a cargas baixas. A proporção da população com osteoporose aumenta com a idade e a maioria das mulheres com mais de 80 anos tem a doença.

“Hoje existem medicamentos eficazes administrados para tratar a osteoporose, mas como a fragilidade óssea é raramente detectada antes da primeira fratura, há uma necessidade urgente de tratamentos preventivos”, diz o Dr. Mattias Lorentzon, médico chefe e professor de geriatria da Universidade de Gotemburgo.

Estudo randomizado duplo cego

O estudo foi realizado no Hospital Universitário Sahlgrenska, em Mölndal, na Suécia, e os resultados do estudo foram publicados pela revista científica Journal of Internal Medicine. Noventa mulheres idosas, com 76 anos em média, ingeriram um pó que continha bactérias probióticas ou um placebo, todos os dias durante um ano inteiro. Um método aleatório determinou quais as mulheres que receberiam o tratamento ativo com as bactérias Lactobacillus reuteri 6475 e as que receberiam placebo. Nem os pesquisadores nem as mulheres sabiam quem recebeu o pó ativo durante o estudo.

“Quando terminamos o estudo após um ano, medimos a perda óssea das mulheres na parte inferior das pernas com uma tomografia computadorizada e comparamos com as medidas que fizemos quando o estudo começou. As mulheres que receberam o pó com bactérias ativas tiveram apenas a metade da perda óssea em comparação com aquelas que receberam placebo”, diz a Dra. Anna Nilsson, médica-chefe e professora associada da Universidade de Gotemburgo. “Outro resultado positivo do estudo foi que o tratamento foi bem tolerado e não produziu mais efeitos colaterais do que aqueles experimentados por mulheres que receberam o placebo.”

Mudança de paradigma

A pesquisa mostrou que as bactérias intestinais afetam os ossos em camundongos, mas este é o primeiro estudo em que os probióticos foram usados ​​para reduzir a perda óssea em pessoas idosas. A descoberta pode ter implicações importantes no futuro: “As mulheres mais velhas são o grupo com maior risco de osteoporose e fraturas. O fato de termos sido capazes de mostrar que o tratamento com probióticos pode afetar a perda óssea representa uma mudança de paradigma. O tratamento com probióticos pode ser uma maneira eficaz e segura de prevenir o aparecimento de osteoporose em muitas pessoas idosas no futuro ”, diz o Dr. Mattias Lorentzon.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Gothenburg (em inglês).

Acesse o  artigo científico completo (em inglês).

Fonte:  Elin Lindström Claessen,  Universidade de Gotemburgo.  Imagem: Pixabay.

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