Notícia
Projeto de extensão da UEPB ajuda produtores a combater pragas em bananeiras
O Centro de Ciências Agrárias Ambientais (CCAA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Lagoa Seca, auxilia os agricultores a aturarem no controle de praga que tem atacado a cultura da bananeira na região
Pixabay
Fonte
UEPB | Universidade Estadual da Paraíba
Data
sábado, 4 novembro 2017 16:53
Áreas
Agricultura. Agronegócio
Um projeto de extensão desenvolvido no Centro de Ciências Agrárias Ambientais (CCAA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Lagoa Seca, pretende auxiliar os agricultores a atuarem no controle de uma praga que tem atacado a cultura da bananeira na região. Coordenado pelo Prof Dr Suenildo Jósemo Costa Oliveira, do Departamento de Agroecologia e Agropecuária do Câmpus II, o projeto tem como objetivo fazer práticas de controle do Moleque da Bananeira (cosmopolites sordidus) junto aos agricultores.
Intitulado “Diagnóstico e controle agroecológico do cosmopolites sordidus germar em pomares de banana em Lagoa Seca”, o projeto nasceu após o professor e estudantes do Departamento de Agroecologia identificarem que a praga estava ameaçando os pomares de bananeiras do Campus II e da região. Além do Prof Dr Suenildo, dois estudantes atuam no projeto.
Para desenvolver a ação de extensão foi preciso observar e estudar o índice de cosmopolites sordidus infestando os pomares. Alunos do CCAA residentes no município relataram casos da presença dessa praga em pomares da região. Segundo o professor, essa praga pode comprometer a cultura das bananeiras e afetar a economia local. A primeira ação do projeto será uma visita técnica aos agricultores da localidade “Amaragi”, onde se concentram os maiores pomares de banana de Lagoa Seca.
O Prof Dr Suenildo fez recentemente uma visita ao Sindicato dos Produtores Rurais de Lagoa Seca, onde detalhou o projeto. O Sindicato apresentou uma lista com o nome de oito produtores que vêm sofrendo com os ataques do “moleque” em seus plantios de bananeiras. “Vamos visitar alguns produtores e mostrar como é possível controlar essa praga diminuindo a sua infestação na região”, relatou, acrescentando que a proposta da UEPB é buscar alternativas agroecológicas para suprimir a infestação do cosmopolites sordidus nos pomares da região. Os bananicultores têm os pomares como fonte de renda e necessitam de conhecimentos sobre o controle do cosmopolites sordidus de forma sustentável, ou seja, sem o uso de produtos nocivos ao meio ambiente.
O projeto de extensão tem uma relevância social, econômica e ambiental por tornar a UEPB visível aos agricultores e eles saberem que podem contar com a Instituição para solucionar os problemas fitossanitários de suas culturas agrícolas. Futuramente, os agricultores farão visitas ao Campus, onde buscarão informações técnicas que ajudarão no combate da praga. O horário de atendimento à comunidade será controlado e organizado. “Como temos discentes atuando, e devido à carga de trabalho ser alta, optamos por fazer encontros semestrais com os agricultores, em um dia apenas e em horário da manhã. Lembrando que os agricultores quase sempre têm sua agenda de tarefas em suas propriedades bastante cheias”, explicou o professor.
Ao destacar a importância do projeto, o bolsista Alexandre Eugênio da Silva, graduando do Bacharelado em Agroecologia no CCAA, frisa que a iniciativa é de suma importância, pois possibilita aos estudantes colocarem em prática todo conhecimento adquirido, através da literatura de como diagnosticar para posteriormente fazer o controle utilizando bases agroecológicas do artrópode cosmopolites sordidus. “Pude descobrir técnicas alternativas de controle e com isso transmitir o conhecimento adquirido para os agricultores, tornando a cultura da banana livre desta praga, prolongando a vida útil do pomar”, destacou.
Já o voluntário do projeto, Ângelo Túlio de Araújo Maia, também graduando do Bacharelado em Agroecologia, colocou que, como voluntário do projeto, entende que a iniciativa vem agregar conhecimento e possibilitar o entrosamento com os agricultores de Lagoa Seca, o que aumenta não só o conhecimento teórico, bem como o prático, uma vez que o agroecólogo necessita desta interação para poder compreender melhor os agricultores com suas reais necessidades. “Este projeto vem auxiliar o agricultor a controlar o ‘moleque da bananeira’ de forma que não haja a necessidade de obtenção de nenhum material adquirido externamente, o que facilita o controle, através do agricultor”, frisou.
Com relação aos impactos da ação de extensão na comunidade, o Prof Dr Suenildo Jósemo avaliou que “é sempre gratificante ver que os conhecimentos técnicos passados ao público-alvo são bem aceitos e que o envolvimento por parte da comunidade e dos alunos é altamente positivo. A receptividade é um fator preponderante na avaliação de nossa equipe e sempre estamos revendo os prós e contras de nossas ações para, assim, buscarmos um aperfeiçoamento na transmissão de técnicas agronômicas”.
No Brasil a banana é o principal produto frutífero, correspondendo a 21,9 % do total nacional. O Nordeste destaca-se como a principal região produtora de banana do país, contribuindo com aproximadamente 41,2% da área cultivada. A Paraíba é o quarto produtor de banana da região Nordeste, sendo que a microrregião do Brejo (Alagoa Grande, Alagoa Nova, Areia, Bananeiras, Borborema, Matinhas, Pilões e Serraria) contribui com aproximadamente 67,4% da produção estadual.
Fonte: Severino Lopes | UEPB
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