Notícia

Uma a cada três crianças tem anemia ferropriva

Anemia ferropriva ainda é um grande desafio da saúde pública no Brasil

Pixabay

Fonte

Jornal da USP

Data

sexta-feira, 3 dezembro 2021 12:05

Áreas

Nutrição Clínica. Nutrição Coletividades. Nutrição Materno Infantil. Saúde Pública

Um estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP aponta que a prevalência de anemia ferropriva em crianças de 0 a 7 anos de idade foi de 33% no ano passado, de acordo com dados coletados de 2007 a 2020. Esse tipo de anemia é caracterizado pela falta de ferro no organismo, especificamente na produção de hemoglobinas e, por consequência, das hemácias, as células responsáveis por transportar o oxigênio para o corpo todo. Em crianças, a condição pode afetar o desenvolvimento ao longo de toda a vida, se não revertida a partir da suplementação.

O Dr. Fábio da Veiga Ued, professor no Departamento de Ciências da Saúde na FMRP e um dos autores do estudo, destaca que, apesar da implantação de políticas públicas, a anemia ferropriva ainda é um grande desafio da saúde pública no Brasil.

“Isso significa que uma em cada três crianças brasileiras tem anemia ferropriva”, explica o Dr. Ued sobre a conclusão do estudo. Comparativamente a 2007, em que a prevalência era de 53%, a taxa caiu cerca de vinte pontos percentuais em 2020. Para o professor, a diminuição pode ser associada à implementação de políticas de enriquecimento de farinha de trigo e de milho e suplementação universal de ferro para crianças de até dois anos de idade pelo governo. “Mas ainda assim observamos uma taxa bem elevada e que merece atenção do ponto de vista da saúde pública”, avaliou o pesquisador.

O estudo também evidenciou que, na faixa etária abaixo dos dois anos de idade, a prevalência da deficiência de ferro é ainda maior. O Dr. Ued destaca que a introdução precoce do leite de vaca na dieta da criança é um dos fatores, já que a biodisponibilidade de ferro neste leite é menor, além de que a própria deficiência nutricional da mãe também pode desfavorecer a nutrição adequada da criança.

Ele também destacou que as populações em regiões de maior vulnerabilidade social são as mais afetadas com o distúrbio. “Elas têm maior dificuldade de acesso à alimentação saudável e também ao saneamento básico adequado; em sua ausência, tem-se uma maior prevalência de parasitoses intestinais”, comentou o Dr. Ued, ao associar esses fatores à pobreza e consequentemente a locais onde a prevalência de anemia é mais frequente.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Walace de Jesus, Jornal da USP. Imagem: Pixabay.

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