Notícia

U. Auckland: Falta de alimento contribui para a saúde fraca e ausência do aluno na Escola

Fonte

University of Auckland

Data

sábado, 25 novembro 2017 11:22

Áreas

Segurança Alimentar. Saúde Pública

Adolescentes cujas famílias se preocupam com dinheiro para comida, são mais propensos a ter excesso de peso, ter pouca saúde mental e física, e faltar a escola, de acordo com a nova pesquisa da Universidade de Auckland.
O aumento das preocupações com a segurança alimentar entre os adolescentes da Nova Zelândia e a associação com a saúde e o bem-estar foi publicado em Kōtuitui: New Zealand Journal of Social Sciences Online.

As preocupações com a segurança alimentar aumentaram a partir de 2007, afetando mais de 40% de todos os estudantes do ensino médio da Nova Zelândia em 2012.

O documento, da Dra. Jennifer Utter, do Dr. Simon Denny, da Dra. Theresa Fleming e do Dr. Terryann Clark, da Faculdade de Ciências Médicas e de Saúde da Universidade, explora os resultados de dois levantamentos nacionais representativos da saúde e do bem-estar dos estudantes do ensino médio na Nova Zelândia em 2007 (Youth’07) e 2012 (Youth’12). Em 2007, foram estudados 9107 alunos de 96 escolas e, em 2012, participaram 8500 alunos de 91 escolas.

“As descobertas destacam as crescentes preocupações da insegurança alimentar relatadas por adolescentes na Nova Zelândia. As intervenções que abordam a segurança alimentar das famílias podem constituir um meio tangível de promover o desenvolvimento saudável de crianças e jovens “, diz o Dr. Utter.

Foi perguntado aos alunos: “Seus pais, ou as pessoas que atuam como seus pais, se preocupam por não ter dinheiro suficiente para comprar comida?”.  Com cinco opções de resposta variando em freqüência de “nunca” para “o tempo todo”. As respostas foram solicitadas em três categorias, “nunca”, “ocasionalmente / às vezes”, ou “muitas vezes / o tempo todo”.

Em 2012, 11 por cento relataram preocupações com a segurança alimentar “com freqüência ou sempre” e 33 por cento relataram preocupações com a segurança alimentar “ocasionalmente ou às vezes”. Em 2007, esses números foram de 8% e 28%.

Os jovens com preocupações com a segurança alimentar eram mais propensos a reportar ausência escolar, falta de saúde geral, problemas de saúde mental e obesidade. A pesquisa descobriu que 32 por cento dos estudantes com preocupações com segurança alimentar freqüentemente faltaram à escola em comparação com apenas 18 por cento dos estudantes que não estavam preocupados com a segurança alimentar. Quase 12 por cento dos jovens com preocupações freqüentes de segurança alimentar fizeram uma tentativa de suicídio no ano passado, em comparação com 2 por cento dos estudantes sem problemas de segurança alimentar.

O Dr. Utter diz que o aumento da insegurança alimentar reflete os padrões mais gerais de pobreza infantil na Nova Zelândia. No final da década de 1980, a pobreza infantil na Nova Zelândia aumentou acentuadamente como conseqüência de reformas econômicas que privatizaram muitos serviços públicos.

“As reformas corretivas no início dos anos 2000 ajudaram a reduzir a pobreza infantil um pouco, embora a crise financeira global de 2008 tenha respondido a essas melhorias. Além disso, entre 2007 e 2012, houve poucas iniciativas governamentais novas que abordaram especificamente questões de segurança alimentar ou pobreza infantil “.

“Essas descobertas destacam que, para reduzir os problemas do comportamento suicida ao absentismo escolar, a renda familiar e a acessibilidade alimentar são críticas. Precisamos de uma Nova Zelândia, onde as famílias não estão preocupadas com o dinheiro para a comida, para que os jovens possam continuar na escola e crescer com esperança e otimismo “

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