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Programa Mundial de Alimentos pede ação para evitar que 31 milhões de africanos passem fome
O Programa Mundial de Alimentos (WFP) pediu ação imediata para evitar que a falta de comida cause uma situação de catástrofe na África Ocidental e Central. Mais de 31 milhões de pessoas não devem ter o suficiente para comer na região.
O alerta foi feito na sexta-feira (16). Segundo a agência, a temporada de escassez vai de junho a agosto, antes da próxima colheita.
Segurança Alimentar – O WFP adverte que o total supera em 30% o número de vítimas em 2020 e atingirá um dos maiores níveis em uma década.
Diariamente, milhões de famílias passam fome e desespero com a alta de preços de alimentos. A emergência coincide com conflitos e consequências socioeconômicas da COVID-19.
“Mesmo quando há comida disponível, as famílias simplesmente não podem pagá-la. Os preços crescentes estão empurrando uma refeição básica para além do alcance de milhões de famílias pobres que já estavam lutando para sobreviver”, disse o diretor regional do WFP para África Ocidental, Chris Nikoi.
Alguns produtos básicos aumentaram quase 40% em relação à média de cinco anos. Em algumas áreas, os preços saltaram mais de 200%, enquanto a renda despencou como resultado de quedas em setores como comércio, turismo e remessas.
“Até que os mercados se estabilizem, a assistência alimentar pode ser a única fonte de esperança para milhões de famílias. As necessidades são imensas e, a menos que possamos levantar os fundos de que precisamos, simplesmente não seremos capazes de mantê-los ”, afirmou Nikoi.
A análise aponta como situação mais preocupante a da Serra Leoa, onde a desvalorização da moeda disparou os preços dos produtos básicos. O arroz chegou a aumentar até 70% no país.
Conflitos – Na África Ocidental, a escalada da violência e os deslocamentos provocaram insegurança alimentar aguda no norte da Nigéria, Burquina Fasso, Mali, Níger, República Centro-Africana e em regiões do noroeste e sudoeste dos Camarões.
Cerca de 10 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição aguda. O Sahel concentra metade desse número, que pode aumentar devido às novas vítimas da fome e dos altos preços alimentares.
Este ano, o WFP precisa de US$ 770 milhões para operar em 19 países da região nos próximos seis meses.
A agência planeja assistir quase 18 milhões de pessoas na África Ocidental e Central. Pelo menos 68% estão em crise e precisam de resposta emergencial.
A agência adverte que sem fundos haveria uma redução alimentar para os necessitados, especialmente as vítimas de fome causada pelos conflitos.
Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.
Fonte: Nações Unidas Brasil.
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